Deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) diz que proposta deve ser um “meio-termo”, que não atenderá à pressão por anistia ampla ao ex-presidente Jair Bolsonaro e que busca “pacificar o país”, e não “agradar extremos”.
O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou nesta quinta-feira (18.set) que uma proposta de “anistia irrestrita” é “impossível” de ser aprovada na Câmara. O parlamentar foi definido como o relator do Projeto da Anistia, e será responsável por elaborar o texto que irá para votação no plenário.
Paulinho da Força conversou com jornalistas em Brasília/DF nesta quinta-feira, logo após reunião com o presidente da Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB): “Anistia ampla, geral e irrestrita é impossível. Acho que nós vamos ter que fazer algo que não agrade nem a direita e nem a esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara”, afirmou o relator.
Definido por Motta
Paulinho da Força foi escolhido como relator do projeto da anistia após deliberações da mesa diretora da Câmara. A sua nomeação foi definida por Motta na manhã desta quinta. Ele é tido como uma indicação do Centrão que já transitou entre diferentes forças políticas.
Na manhã desta quinta-feira, Motta e Paulinho apareceram em um vídeo nas redes sociais comentando a nomeação do relator ao projeto. O parlamentar eleito por São Paulo publicou dizendo que assumiu a missão com objetivo de “construir consensos, ouvir todos os lados e avançar em soluções equilibradas para o Brasil”.
“Vou fazer de tudo para que a gente possa sair ao final com o país pacificado, nem tanto à extrema direita, nem tanto à extrema esquerda. Mas que a gente possa construir um projeto para a maioria do Brasil, que a gente possa pacificar o país. Esse será meu papel a partir de agora”, afirmou no vídeo.
Projeto da Anistia
Na noite desta quarta-feira (17), a Câmara aprovou o requerimento de urgência para o projeto de anistia aos participantes de manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia em que o projeto se tornar lei, caso seja aprovado.
A aprovação da urgência permite que o projeto seja votado diretamente no Plenário, sem passar por apreciação das comissões permanentes relativas ao tema.
Segundo Paulinho da Força, a partir de agora, ele irá conversar com governadores e líderes das bancadas para “votar o texto o mais rápido possível”.