Professor se apresenta à polícia por atropelamento que matou trabalhador rural na Euclides da Cunha 

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Foto: Redes Sociais

Morador de Cosmorama/SP, de 36 anos, compareceu na Delegacia de Polícia acompanhado por um advogado. Luiz Henrique da Silva Melo morava em Avanhandava/SP e morreu na madrugada de domingo (20), próximo ao Distrito de Simonsen, em Votuporanga/SP.


Um homem de 36 anos foi encontrado morto na Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), em Votuporanga/SP, na manhã do último domingo (20.fev). Luiz Henrique da Silva Melo, morador de Avanhandava/SP, foi atingido no km 508, próximo ao Distrito de Simonsen.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, a suspeita era de que a vítima tinha sido atropelada por um veículo já que havia um retrovisor sobre ele e que exames periciais devem apontar as causas do óbito. A identificação da vítima foi feita por uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação), que estava em um dos bolsos. O corpo foi retirado do acostamento da rodovia e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal). 

Contudo, no início da tarde do dia seguinte, um professor, de 36 anos, morador de Cosmorama/SP, acompanhado por um advogado, procurou à polícia e afirmou ser o autor do acidente. 

Em sua versão, ele contou que, por volta das 17h do sábado, saiu de casa conduzindo um GM/Ônix e foi para Votuporanga, permanecendo até às 23h30. Quando retornava para sua cidade pela rodovia, após passar pelo distrito de Simonsen, viu um vulto e, em seguida, houve um impacto na lateral direita de seu automóvel. Contou ainda que no momento, olhou pelo retrovisor, mas não viu nada, percebendo apenas que o vidro lateral direito dianteiro estava danificando, deduzindo que tivesse colidido em um animal. 

Em seguida, teria finalizado o trajeto até Cosmorama, onde foi direto para a casa dele, dormindo até a manhã seguinte. Ao acordar, viu uma postagem em um aplicativo sobre um acidente com vítima fatal próximo ao distrito e imaginou que tivesse batido em uma pessoa. 

Com isso, procurou um advogado e decidiu ir até a polícia para dizer sobre o ocorrido e se colocar à disposição da Justiça para mais esclarecimentos. O professor afirmou que não ingeriu bebida alcoólica, porém, se recusou a fornecer sangue para exame, se oferecendo somente para ser submetido ao procedimento clínico de embriaguez. 

Ainda à polícia, o professor afirmou que o carro que dirigia no momento do atropelamento estava na garagem da casa onde mora e à disposição para exame pericial. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso.  

Até o fechamento desta reportagem, a polícia não havia localizado testemunhas que tivessem presenciado o atropelamento. 

O corpo de Luiz Henrique da Silva Melo foi levado no IML (Instituto Médico Legal) aos familiares. O velório aconteceu em Avanhandava e o sepultamento ocorreu na manhã da segunda-feira (21.fev) no cemitério do município. 

*Informações/Ivan Ambrósio/Jornal Interior