A escola e a Secretaria da Educação informaram caso à Delegacia de Defesa da Mulher, que iniciou a investigação. O suspeito foi preso em Colina/SP.
O professor de uma escola municipal de Barretos/SP foi preso na tarde de domingo (2.jul) suspeito de abusar sexualmente de uma aluna de 13 anos dentro da sala de aula. De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram depois que a própria escola e a Secretaria Municipal de Educação denunciaram que a aluna havia relatado o abuso.
“Ele chamava ela com o pretexto de preparar a sala, primeiro tentando uma aproximação, como se ele fosse ser amigo dela, ajudá-la, e depois ele foi se aproximando mais, criando uma intimidade, até que desse contexto de preparar essa aula ele iniciou com esses atos libidinosos”, conta a delegada responsável pelo caso, Denise Polizelli.
As identidades tanto da vítima quanto do suspeito, além do nome da escola, foram preservadas pela delegada.
De acordo com informações da polícia, a partir de mensagens de texto e áudios trocadas entre o professor e a aluna em perfil fake, em uma rede social, foi possível pedir a prisão temporária do suspeito por crime de estupro de vulnerável, que tem pena prevista de cinco a oito anos de prisão.
“Não existem dúvidas porque apesar de ser um perfil com foto fake, as conversas e os áudios demonstram que a pessoa que está interagindo com ela é realmente o professor”, afirma a delegada.
A reportagem apurou que o suspeito foi preso em Colina/SP e que passaria por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira (3).
Denúncia de abuso
Segundo a polícia, a aluna, no mês de maio, participou de ações de conscientização sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil, o que a encorajou a denunciar os abusos.
“E aí, a partir disso, a vítima percebeu o que estava acontecendo e resolveu revelar o abuso que ela vinha sofrendo”, comenta Denise.
De acordo com a delegada, a adolescente estava muito abalada no dia do depoimento e preferiu escrever o que estava acontecendo.
“Ela passa por acompanhamento psicológico agora, mas esse acompanhamento não é feito pela delegacia, ele é feito pela escola e também pela assistência social. Então a gente só encaminha e ela vai sendo acompanhada pelo psicólogo da rede”.
A secretaria municipal da educação de Barretos informou por meio de nota que está oferecendo total apoio à aluna e à família e que junto com a polícia civil está empenhada para que o caso seja esclarecido e a lei aplicada em seu total rigor.
*Com informações do g1