Prima fala sobre morte de paciente de clínica para dependentes químicos de Votuporanga após ‘mata-leão’: ‘Não vamos nos calar’

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Segundo a Polícia Civil, funcionários usaram golpe para conter Paulo César Basso, de 30 anos, morador de Guapiaçu/SP. Eles foram presos e caso é investigado pela polícia.


Alegre, bom e amoroso. Assim Paulo César Basso, de 30 anos, é descrito pela prima. Ele morreu depois de ser contido à força por funcionários de uma clínica para dependentes químicos de Votuporanga/SP.

Segundo a Polícia Civil, os três funcionários da clínica foram presos na sexta-feira (7) suspeitos de provocar a morte do paciente, de Guapiaçu/SP, pois usaram a força para contê-lo e chegaram a dar um golpe de “mata-leão” para conseguir amarrá-lo.

Daiane Basso contou que o primo já havia sido internado outras vezes, mas que sempre foi amoroso com a família. “Em uma dessas internações ele ficou um bom tempo sem usar, ele interagia com a família tranquilamente, participava das festas de fim de ano, aniversários. Era uma alegria só”, disse.

“Quando ele voltou a usar, se afastou de nós talvez pelo medo de julgamentos, mesmo não sendo essa a verdade. Nós o amávamos independente de qualquer coisa, pois ele tinha bondade, um coração cheio de amor e alegria.”

Ainda de acordo com a polícia, após ser contido, Paulo teria passado mal a caminho de Votuporanga. Contudo, apenas na clínica perceberam que ele não estava respirando. O paciente foi encaminhado à Santa Casa, mas ele chegou ao hospital morto.

Os três funcionários foram presos em flagrante e encaminhados à cadeia de Santa Fé do Sul. A Polícia Civil investiga o caso.

“Enquanto isso não for totalmente esclarecido, não vamos nos calar. Perder alguém que amamos, alguém da família, por mais que não estivesse tão presente nos últimos tempos dói, porque é um pedaço da gente que vai junto.”

*Com informações do g1