A proposta do Executivo municipal chegou nesta segunda-feira à Câmara e deve ser votada na próxima sessão ordinária. Vereadores foram cobrados por manifestantes quanto a um reajuste que cubra o congelamento dos últimos dois anos e o não parcelamento dos valores.
A 8ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga/SP, realizada na noite desta segunda-feira (14.mar), foi acompanhada de perto por servidores públicos municipais que voltaram a Casa de Leis para pressionar pelo reajuste salarial que compense os dois anos ‘congelados’ – em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Na última semana, conforme noticiado pelo jornal Diário de Votuporanga, servidores aguardavam a manifestação da Prefeitura quanto ao assunto, e nesta segunda-feira a proposta foi protocolada na Câmara, lida e que deve ser votada na próxima segunda (21). A iniciativa apresenta revisão geral e anual nos vencimentos dos servidores públicos municipais propondo reajuste de 12% no salário (11% de imediato e mais 1% a partir de novembro); além de 23% no vale alimentação, o que subiria dos atuais R$ 325 para R$ 400.
Inicialmente, alguns vereadores endossaram o pedido dos trabalhadores, inclusive, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga, para que o reajuste fosse na casa dos 20%, o que segundo os servidores, seria a soma aproximada das perdas para o período, ainda sem ganho real.
Nesta sessão, diversos parlamentares, ao usarem a palavra, se colocaram solidários a demanda dos servidores e se dispuseram a tentar um reajuste ou condições mais atraentes para o funcionalismo.
Na prática, agora, a proposta enviada pela Prefeitura passa pelas comissões permanentes da Câmara e deve ir ao Plenário Dr. Octavio Viscardi na próxima semana. O reajuste entra já no holerite do mês de março.
Proposta de parcelamento ‘gerou discórdia’
O parcelamento proposto pela Prefeitura de Votuporanga no reajuste salarial jogando 1% para novembro não foi bem visto ou aceito pelos servidores; na galeria da Câmara, manifestantes criticaram a iniciativa e uma pessoa gritou aos vereadores que, sendo assim, iria “trabalhar parcelado”.