
Processo transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso da decisão. Crime ocorreu em março de 2023; I.F.S., de 55 anos, foi preso nesta quinta-feira (17).
A Polícia Militar prendeu o professor de música de 55 anos condenado a 20 anos de prisão em regime fechado após ser acusado de estuprar uma aluna, à época com 13, durante as aulas em Votuporanga/SP. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso da decisão.
O crime ocorreu em março de 2023, mas a sentença inicial de 23 anos foi emitida no dia 27 de maio do ano passado. O professor identificado pelas iniciais I.F.S., entrou com pedido de recurso que reduziu a pena para 20 anos. A última decisão foi emitida na terça-feira (15.jul) e o mandado de prisão foi cumprido na quinta-feira (17) pela PM.
Segundo apurado, os abusos sexuais foram descobertos pelos irmãos da vítima, que notaram o comportamento alterado dela desde que começou a frequentar as aulas.
Conversas trocadas entre a menina e o professor pelas redes sociais comprovaram o crime. Nas mensagens, o homem chega a perguntar se a menina estava usando roupas íntimas, bem como dizia que a amava. Questionada pela família, a vítima confirmou o abuso.
A mãe da menina registrou boletim de ocorrência. No processo, ela narrou que a filha tinha bom desempenho na escola, mas que passou a ter crises de ansiedade, síndromes do pânico e baixa nas notas após o ocorrido. A menina começou um acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
O celular da vítima foi apreendido e levado para perícia. As mensagens foram anexadas ao inquérito. Durante o processo, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o professor, que disse, em audiência, que não tinha interesse sexual e que a vítima era apaixonada por ele.
Contudo, conforme a sentença em primeira instância, o juiz da Infância e Juventude de Votuporanga, Vinicius Castrequini Bufulin, afirmou que as versões do homem são incompatíveis com as mensagens e com o depoimento da vítima.
Ainda de acordo com o juiz, a análise das mensagens confirmou que, além das insistentes investidas sexuais pelo aplicativo, ocorreram toques durante as aulas de músicas.
*Com informações do g1