Menina de 10 anos recebeu atendimentos nas redes pública ou privada, mas não melhorou; funcionários do Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto perceberam que a paciente não era a da identidade apresentada durante a cirurgia.
A Polícia Civil investiga o caso de uma mulher que usou dados de uma sobrinha para conseguir uma cirurgia de emergência para a filha, de 10 anos, em São José do Rio Preto/SP.
A mulher procurou atendimento na última sexta-feira (15.jul), porque a menina reclamava de fortes dores na região do abdômen.
Ela chegou a ser atendida em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e uma UBS (Unidade Básica de Saúde), onde foi medicada e liberada.
Como a dores não cessaram, a mulher decidiu usar a carteirinha do convênio de uma sobrinha para tentar atendimento na rede privada. Segundo o advogado da mulher, a criança passou por dois hospitais particulares, mas ainda não melhorou.
Na segunda-feira (18), ao levar a menina no HCM (Hospital da Criança e Maternidade), os médicos perceberam que a paciente precisava de uma cirurgia de emergência.
Durante o procedimento, funcionários perceberam que a carteirinha não correspondia à identidade da criança e chamaram a polícia.
A mãe foi levada à delegacia, onde foi ouvida e liberada. No depoimento, a mulher relatou que agiu por desespero, porque a filha piorava mesmo com os atendimentos médicos.
A Secretaria da Saúde não divulgou informações sobre os atendimentos na rede pública por conta da Lei Geral de Proteção de Dados.
Em nota, a Funfarme informou que a mulher, que disse ser tia da criança, alegou não ter documentos originais da criança. Dada à urgência do caso, o hospital a atendeu e internou. A instituição disse que o caso foi comunicado à polícia, que registrou boletim de ocorrência por falsidade ideológica.
A menina fez a cirurgia e continua internada no HCM. O caso será investigado.
*Com informações do g1