Pesquisa na Rodovia Euclides da Cunha levanta possibilidade de pedágio; DER nega

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Foto - TVC

De acordo com o governo do Estado, sondagem tem a finalidade de verificar o volume de tráfego na região, além das origens e destinos de seus usuários.


Uma pesquisa realizada nesta terça-feira (3) as margens da Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), no trecho entre Fernandópolis/SP – Votuporanga/SP levantou a possibilidade de sondagem para instalação de uma praça de pedágio. O temor de cobrança para uso da via não é recente, e já foi amplamente discutido desde à época da duplicação da pista em meados de 2013.

Procurado pela reportagem do Diário de Votuporanga, o Governo do Estado, por meio do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou em nota que “a pesquisa que vem sendo feita na Rodovia Euclides da Cunha tem a finalidade de verificar o volume de tráfego na região, além das origens e destinos de seus usuários. Não há sondagem para implantação de praças de pedágio na via.”

O assunto gerou reações, Liberato Rocha Caldeira que é ex-prefeito de Valentim Gentil/SP e presidente da Associação dos Municípios do Oeste Paulista (AMOP), afirmou: “Nós não concordamos. Para uma iniciativa dessas, os prefeitos, as associações, a sociedade civil e a população em geral precisam ser ouvidos. Se quiser instalar lá na ponte rodoferroviária do rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul, até concordo, precisa terminar a parte de São Paulo, instalar balança, posto fiscal, base da Polícia Rodoviária, então lá eu até entendo. Agora, na calada vir e fazer levantamento de pedágio nesse trecho? Meu Deus do céu. Isso não permite na rodovia nossa, acabaria com as nossas cidades que são praticamente uma em cada 10 ou 15 quilômetros. Seria um tiro de misericórdia, se isso vir a acontecer, concluiu o Liberato.”

Por sua vez, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) também se posicionou contra a instalação de praças de cobrança na rodovia. O parlamentar destacou que aumentar os pontos de pedágio irá sobrecarregar o setor de transportes, principalmente os caminhoneiros autônomos. E, consequentemente, o reajuste será repassado aos consumidores.

“O Governo de São Paulo precisa criar meios para que a população supere a crise agravada pela pandemia e não o contrário. Instalar novas praças de pedágio irá aumentar os custos de frete e sufocar ainda mais o setor de transportes, prejudicando, sobremaneira, milhares de caminhoneiros”, destacou Pinato. 

O deputado federal ainda lembrou que na época em que a rodovia foi duplicada, o então governador de São Paulo Geraldo Alckmin firmara um compromisso com a população, não implantando praças de pedágio. “Ao que parece, o atual governo quer desfazer esse compromisso que foi feito com o povo”, lamentou.