Pela primeira vez, Santa Casa e SanSaúde se unem para live sobre COVID-19

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Dr. Ernesto Hoffmann explicou sobre as comorbidades e quais os públicos prioritários, durante bate-papo nesta quinta-feira.


A Santa Casa de Votuporanga e o SanSaúde realizaram, pela primeira vez, uma live juntos nesta quinta-feira (27), com o objetivo de orientar a população sobre a vacinação da COVID-19 e comorbidades. O médico da Família e Comunidade, Dr. Ernesto Hoffmann, foi o convidado desta vez do bate-papo feito no Instagram da Instituição e também no Instagram do plano de saúde.

Dr. Ernesto explicou que estão incluídas muitas comorbidades no calendário vacinal do Ministério da Saúde. São elas: doenças causadoras de imunossupressão; doenças cardiovasculares; doenças pulmonares; síndromes coronarianas; valvulopatias: aórtica, mitral, pulmonar e tricúspide; miocardiopatias e pericardiopatias; doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados; diabetes mellitus; hipertensão arterial; doenças cerebrovasculares: acidente vascular cerebral; doença renal crônica; transplantados; HIV; doenças reumáticas; câncer; anemia falciforme e talassemia maior; cirrose hepática; e obesidade mórbida.

Entretanto, ele ressaltou que essas patologias precisam preencher alguns critérios. “Por exemplo, no caso da hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), que possivelmente é a comorbidade mais comum da lista, não basta somente ser hipertenso para poder tomar a vacina; o paciente tem de ter um tipo de pressão arterial resistente, ou com níveis mais altos, ou ainda já ter sofrido algum evento cardiovascular (como um infarto ou derrame). O mesmo vale para outras doenças. Para a pessoa saber se tem o direito a tomar a vacina é importante procurar um médico, de preferência aquele que já lhe acompanha e conhece seu histórico com maiores detalhes, para que ele possa lhe orientar a respeito”, destacou. 

Como provar morbidade

Em Votuporanga o município criou um documento chamado “Atestado Médico Padrão Para Comorbidades Da Vacinação COVID-19“. As pessoas poderão tomar a vacina mediante a apresentação deste documento preenchido por um médico atestando que o paciente tem alguma(s) das comorbidades contempladas. 

Gestantes e puérperas 

Gestantes, puérperas e lactantes devem também tomar a vacina. As mesmas deverão ser vacinadas conforme o grupo prioritário em que as mesmas estarão inseridas, de acordo com as comorbidades que possam apresentar ou faixa etária. “As lactantes podem continuar dando de mamar normalmente é até doar o seu leite, pois não há contraindicações para tanto”, complementou. 

Reações 

As reações adversas mais comuns são dor e sensibilidade no local da injeção, dor de cabeça, fadiga (“canseira”), dores no corpo, mal-estar, sensação de corpo quente ou febre, calafrios, dores nas juntas, e enjoos/náuseas. A maioria das reações foi leve e resolvida dentro de poucos dias após a vacinação. Na segunda dose, foram ainda menores e frequentes.  

Já tive COVID, precisa de vacina? 

Dr. Ernesto ressaltou que quem já teve COVID-19 precisa tomar a vacina como qualquer outra pessoa. “Após contrair a doença, a pessoa permanece com imunidade para aquela cepa do Coronavírus por um período de mais ou menos de dois a seis meses nos casos leves e, no período de até um ano, nos casos graves. No entanto, com o surgimento de novas cepas do vírus, há a chance de contrair a patologia num intervalo de tempo ainda menor”, disse. 

Ele enfatizou que, com sintomas de gripe, a vacina deve ser evitada. “Porém, passados os sintomas e se estiver na data da pessoa tomar, ela já deve receber o imunizante”, frisou. 

Eficácia 

A eficácia da vacina é variável, dependendo do laboratório que a fabrica. Além das vacinas do Butantan/Coronavac e da Fiocruz/Oxford/AstraZeneca, recentemente a vacina da Pfizer começou a ser disponibilizada no Brasil também. “Independente de qual imunizante estiver disponível no momento, o importante é que todas estas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e comprovadamente se mostraram eficazes para evitar a evolução para casos graves e mortalidade pela doença, que são de fato os efeitos mais preocupantes. Não resta dúvidas do ponto de vista científico que é melhor tomar a vacina do que não tomar”, ressaltou.