O novo técnico do Palmeiras, em sua quinta passagem pelo clube, dirigiu a Seleção brasileira de 1998 a 2000 e só saiu de lá por causa de problemas extracampo. Por muitos anos, a direção da CBF considerou Vanderlei Luxemburgo como o melhor técnico do Brasil, mesmo após sua demissão. Ultimamente, porém, ele deixou a desejar em seu trabalho por vários clubes e viveu num quase ostracismo.
O Vasco foi resgatá-lo ano passado e Luxemburgo correspondeu, livrando o clube do rebaixamento com certa folga. Agora, no Palmeiras, o técnico vai ter uma nova chance de reeditar seus grandes momentos na função.
“O Luxemburgo é o nosso melhor treinador. Mas se contratá-lo de novo, eu corro o risco de trazer no mesmo combo um monte de problemas.” A frase é de Ricardo Teixeira, quando presidia a CBF, vários anos depois de ter decidido pelo afastamento de Luxemburgo, em 2000 – período em que o técnico se viu envolvido numa série de polêmicas relacionadas à vida pessoal, como falsidade ideológica, por exemplo.
A carreira de Luxemburgo, considerando-se títulos importantes, teve uma queda acentuada a partir de sua saída do Real Madrid, onde trabalhou por alguns meses em 2005 e bateu de frente com medalhões do time espanhol. Técnico recordista em conquista de campeonatos brasileiros (cinco ao todo), conseguiu esse seu último grande feito em 2004, pelo Santos.
De lá para cá, obteve apenas mais alguns Estaduais – no próprio Santos (2006-2007), Palmeiras (2008), Atlético-MG (2010), Flamengo (2011) e Sport (2017). Nada, ou muito pouco, além disso. Como técnico de ponta, trabalhando em clubes de primeira linha, esperava-se mais dele. Desde que foi dispensado do Sport, em outubro de 2017, Luxemburgo ficou um ano e meio sem emprego, voltando ao trabalho somente em maio de 2019, com a missão de salvar o Vasco do descenso.