Alviverde fez ainda R$ 363 milhões com as saídas de Richard Ríos, Estêvão, Vanderlan e Thalys.
O Palmeiras encerrou a última janela de transferências da temporada, na noite de terça-feira, com oito saídas, quase R$ 250 milhões investidos e cinco reforços contratados, além de ganhos financeiros acima dos R$ 300 milhões com vendas nesse período somente no elenco profissional.
Chegaram o goleiro Carlos Miguel, os laterais Khellven e Jefté, o meio-campista Andreas Pereira e o atacante Ramón Sosa, somando o investimento de cerca de R$ 248,4 milhões, considerando as respectivas cotações nas datas de cada contratação.
Eles chegam sob realidades diferentes. A contratação de um goleiro, por exemplo, disse Abel Ferreira, seria apenas em 2026, mas Carlos Miguel, fora dos planos do Nottingham Forest, da Inglaterra, e com o desejo de retornar ao Brasil, apareceu como oportunidade de mercado.
As demais foram reposições. No ataque, Ramón Sosa chegou após a saída de Estêvão para o Chelsea.
Nas laterais, pela esquerda Jefté, vindo do Rangers FC, da Escócia, substituiu a saída de Vanderlan, negociado para o Bragantino. Enquanto na direita, o Palmeiras reforçou o processo de rejuvenescimento da equipe, trazendo Khellven, de 24 anos, ao mesmo tempo em que liberou os experientes Mayke e Marcos Rocha.
E o último contratado, Andreas Pereira, chegou para repor a saída de Richard Ríos, voltando à pauta do clube após desistir de voltar ao Brasil no início da temporada. Menos de seis meses depois, contudo, o cenário permitiu ao Palmeiras pagar metade do que havia oferecido no início do ano, investindo 10 milhões de euros no atleta ex-Fulham.
São dados que reforçam uma reformulação profunda no elenco alviverde, que começa a criar uma nova base de atletas, com contratos mais longos, chegando até o ano de 2030. Processo para o qual Abel Ferreira pediu paciência: “O que vamos continuar a fazer é olhar para dentro, continuar a desenvolver nossos jogadores. Um grupo completamente diferente, voltar às bases outra vez. Jogadores completamente diferentes, lideranças diferentes, mentalidade, nacionalidades diferentes. Mas com paciência, se continuarmos a plantar, semear e regar, mais cedo ou mais tarde a semente cresce.”
Ao mesmo tempo em que investiu R$ 248 milhões em reforços, o Palmeiras fechou oito saídas, arrecadando R$ 363 milhões nas quatro que renderam retorno financeiro.
Foi o caso de Richard Ríos para o Benfica, Estêvão para o Chelsea, Vanderlan para o Bragantino e Thalys para o Almería, da Espanha.
No caso de Estêvão, a negociação havia sido fechada ainda em 2024, com o atacante se transferindo somente após a Copa do Mundo de Clubes, mas considerou-se neste levantamento apenas os valores lançados no balanço financeiro de julho deste ano. Ou seja, de R$ 161 milhões.
Além do quarteto, saíram os laterais Mayke e Rocha, liberados com rescisão antes do fim do contrato, além de duas Crias da base: o goleiro Mateus e o zagueiro Naves, negociados para o Alverca, de Portugal, sendo o primeiro em definitivo e o segundo emprestado por um ano.
Saídas no segundo semestre
- Estêvão, para o Chelsea
- Richard Ríos, para o Benfica
- Mayke, para o Santos
- Mateus, para o Alverca
- Naves, para o Alverca
- Rocha, para o Grêmio
- Vanderlan, para o Bragantino
- Thalys, para o Almería
Vendas
- Richard Ríos: R$ 135,8 milhões (pelos 70% dos direitos econômicos que o clube tinha direito)
- Estêvão: R$ 161 milhões (vendido em 2024, mas valores lançados no balanço financeiro de julho deste ano)
- Vanderlan: R$ 28,4 milhões (por 60% dos direitos econômicos)
- Thalys: R$ 37,9 milhões (negócio próximo de ser fechado)
Contratações
- Ramón Sosa (ex-Nottingham Forest): R$ 80,3 milhões
- Khellven (ex-CSKA): R$ 31,8 milhões
- Carlos Miguel (ex-Nottingham Forest): R$ 35,1 milhões
- Jefté (ex-Rangers): R$ 38,2 milhões
- Andreas Pereira (ex-Fulham): R$ 63 milhões
*Com informações do ge
