Otimista, Santos avança em negociação com fundo do Catar e aguarda formalização para acordo 

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Nasser Al-Khelaifi é o CEO do fundo que administra o PSG — Foto: Michael Regan - UEFA/UEFA via Getty Images

Clube e QSI discutem detalhes antes de colocarem no papel tudo o que vem sendo conversado. Depois, tema precisa passar pelo Conselho Deliberativo do Peixe.


Santos está otimista nas negociações com a Qatar Sports Investments, fundo dono do PSG, da França, e acredita que as partes chegarão a um acordo para que a parceria seja firmada o quanto antes.

Com ajuda do pai do atacante Neymar, o clube mantém negociações com a QSI nos últimos meses e tem visto as conversas avançarem sem grandes empecilhos. Conforma apurado, agora, o Peixe aguarda a formalização de tudo o que vem sendo conversado entre as partes.

A ideia de negócio é que a QSI seja parceira do Santos somente na estrutura do departamento de futebol, participando de contratações e negociações, mas sem ter o controle do clube. O presidente Andres Rueda é totalmente contra a ideia de o Peixe vender mais de 49% de suas ações e virar uma SAF, como prevê o Estatuto Social. 

Mesmo assim, para o Santos firmar uma parceria, o Conselho Deliberativo do clube precisa aprovar. A diretoria do Peixe aguarda a formalização das conversas dos últimos meses para que o assunto possa ser levado aos conselheiros em reunião.

O caminho que deve ser utilizado, portanto, é a Qatar Sports Investments abrir uma empresa no Brasil para firmar uma sociedade com o Santos.

O Estatuto Social do Peixe prevê situações assim, em que o clube não vira uma Sociedade Anônima do Futebol, mas pode negociar até 49% de ações, que seriam rendas futuras, prioridade na compra de jogadores das categorias de base, o uso da marca santista (considerada um grande ativo) e participação na venda de atletas.

Esse é o modelo utilizado por outros clubes no mundo, mas seria inédito no Brasil. O Bayern de Munique, da Alemanha, é uma sociedade anônima com 75% de suas ações, enquanto 8,33% pertencem à Audi, 8,33% à Adidas e 8,33% à Allianz. Porto e Benfica, de Portugal, também têm a maioria de suas ações, enquanto o restante está dividido entre investidores.

O próprio fundo que negocia com o Santos tem apenas 21,67% do Braga, de Portugal, e passou a investir no clube sem que tenha o controle como sócio majoritário.

Apesar do otimismo interno, o Peixe trata o assunto com muita cautela fora do clube. A diretoria não quer gerar ilusão ou empolgação demais na torcida – tanto que, oficialmente, negou qualquer negociação com o fundo dono do PSG.

Até que haja um acordo com a Qatar Sports Investments, o Santos vai evitar falar sobre as negociações, porque entende que qualquer confirmação pública pode atrapalhar um possível desfecho positivo.

*Com informações do ge