Decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça na terça-feira (16). Corpo de Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, foi encontrado pela polícia no dia 18 de agosto do ano passado, em São José do Rio Preto. Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, está preso temporariamente no CDP.
O namorado da médica encontrada dentro de uma mala em um apartamento vai a júri popular. O crime foi descoberto pela polícia no dia 18 de agosto de 2023, em São José do Rio Preto/SP. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça na terça-feira (16.jul).
Davi Izaque Martins Silva, de 27 anos, foi denunciado pelo Ministério Público, em conformidade com o indiciamento da polícia, por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, à traição e feminicídio. A denúncia ainda atribuiu ao acusado a tentativa de ocultação de cadáver, tipificação aceita pela Justiça.
Cabe recurso. A imprensa tentou contato com a defesa de Davi, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A determinação pelo júri popular é do juiz Eduardo Garcia Albuquerque, da 4ª Vara Criminal. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada. O inquérito foi concluído pelo delegado responsável pelo caso, Alceu Lima de Oliveira, da Divisão Especialização em Investigações Criminais (Deic).
As investigações apontaram que a médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, foi esfaqueada no início da manhã do dia 18 de agosto do ano passado, logo depois que o acusado chegou ao apartamento. Davi está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
O crime
Segundo o boletim de ocorrência, foi a mãe de Thallita, que mora em Guaratinguetá/SP, quem notou o desaparecimento da filha e pediu para que uma amiga da vítima fosse até o prédio onde ela morava, no bairro Redentora, em Rio Preto.
Ainda de acordo com o BO, o apartamento de Thallita, localizado no 3º andar, estava trancado. Por isso, essa amiga acionou a polícia. O corpo da vítima foi encontrado nu, na lavanderia do apartamento, dentro de uma mala.
A vítima apresentava muitos ferimentos no rosto provocados por faca. Após a perícia, o Instituto Médico Legal (IML) apontou que Thallita morreu por hemorragia aguda.
Pelas câmeras de segurança, a polícia pôde constatar que o namorado, com quem ela mantinha um relacionamento havia cerca de dois anos, foi o último a entrar e deixar o apartamento.
As imagens mostram o momento em que o acusado deixou o apartamento da vítima e caminhou pelo corredor do prédio em direção ao elevador. Vestindo um boné e camiseta vermelha, ele foi até o térreo, saiu do local usando o celular e entrou em um carro de aplicativo que o aguardava na rua.
A polícia informou que Davi chegou a deixar a cidade, com destino a Olímpia/SP, mas voltou a Rio Preto, onde foi detido.
Ao delegado responsável pelo caso, o acusado confessou o crime e disse que usou drogas antes do assassinato. Davi também confirmou que brigou com Thallita no mesmo dia em que a matou.
Segundo o delegado, o intuito do acusado era ocultar o corpo da vítima, mas a mala rasgou. Davi não tinha passagens criminais e o comportamento dele não indicou arrependimento, ainda segundo a polícia, que acredita que ele era financeiramente dependente dela e não aceitava o fim do namoro.
*Com informações do g1