Mulher é presa depois de ligar mais de 31 mil vezes para o serviço de emergência 

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Mulher presa em Tarabai/SP irá responder pelo crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Foram 3 mil ligações só em 2022. Na manhã desta quarta (1º) a mulher de 42 anos foi submetida à audiência de custódia e transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista/SP.


Uma mulher de 42 anos ligou 31.300 vezes para o serviço de emergência das polícias Militar e Civil de Tarabai/SP entre 1º de janeiro de 2021 e 1º de maio de 2022. Foram mais de 3 mil ligações apenas neste ano. Os agentes constataram que a suspeita usou três celulares no período. Os dados foram confirmados pela polícia que a prendeu na manhã desta terça-feira (31.mai).   

De acordo com as informações repassadas pela PM de Tarabai, a mulher começou a ser investigada após o número dela ter sido registrado em mais de 800 ligações em um mês. 

O capitão Jefferson Romão, da Polícia Militar, disse que o caso é configurado como “perturbação da ordem”, já que ela ligava para falar sobre vários assuntos, inclusive o sumiço de um gato.  

O delegado Rafael Guerreiro Galvão, que é o responsável pelas investigações sobre o caso, lembrou que a Justiça já havia concedido uma medida cautelar que impedia a mulher de ir à delegacia sem estar acompanhada de uma pessoa que respondesse por ela. 

Após a determinação judicial, ela passou, segundo Galvão, a ligar para a delegacia para ofender os policiais. “Ela ia à delegacia e xingava os policiais, desacatava, ameaçava, principalmente, quando eram policiais mulheres, ela gostava de ameaçar ainda mais”, salientou o delegado. 

A Justiça chegou a determinar o bloqueio telefônico do celular da suspeita, mas não adiantou. 

Na manhã desta quarta-feira, a mulher foi submetida à audiência de custódia, em Presidente Prudente/SP, e, após ter a prisão preventiva mantida pela Justiça, acabou transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista/SP. 

A mulher vai responder pelo crime de “atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública”, previsto no artigo 265 do Código Penal.