Mieloma Múltiplo: médica orienta sobre a doença

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Hematologista Dra. Sabrina da Silva Saraiva Mangolin - Foto: Reprodução

Hematologista Dra. Sabrina da Silva Saraiva Mangolin explicou sobre esse tipo de câncer.


Você conhece o mieloma múltiplo? Pouco se fala a respeito, mas ele é o segundo tipo câncer hematológico mais frequente na população e é uma doença agressiva. Março é o mês dedicado à conscientização sobre a patologia, que afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos.

Para esclarecer sobre essa condição e sua relevância, Dra. Sabrina da Silva Saraiva Mangolin, médica hematologista, compartilha informações essenciais.

O que é o mieloma múltiplo?

“O mieloma múltiplo é uma forma de câncer que se desenvolve quando um tipo específico de célula de defesa, conhecida como plasmócito, sofre mutação e começa a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea”, explicou Dra. Sabrina. Essa proliferação afeta a produção de células saudáveis na medula óssea, prejudicando suas funções essenciais.

O que causa?

A causa é desconhecida, mas a condição é decorrente de alterações genéticas que afetam o funcionamento das células da medula óssea. Além disso, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver mieloma múltiplo, como a idade (pessoas acima dos 65 anos) e o sexo (homens costumam ter mais a doença que mulheres).

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns estão dores ósseas frequentes e fraturas, inclusive espontâneas. “Essas dores estão relacionadas à multiplicação das células doentes dentro da medula óssea, que está situada no interior de alguns ossos”, esclarece a Dra. Sabrina. Além disso, o mieloma múltiplo pode levar à anemia e afetar a função renal.

Confira outros sinais:

– Cansaço excessivo;

– Sonolência;

– Fraqueza;

– Maior suscetibilidade à infecções;

– Inchaço nas pernas.

Recebendo Diagnóstico e Tratamento

“A detecção precoce é crucial para um tratamento eficaz”, destacou Dra. Sabrina. Exames de sangue, como o hemograma, podem levantar suspeitas, assim como investigações de lesões ósseas ou alterações na função renal. O diagnóstico definitivo é confirmado por meio de uma biópsia da medula óssea.

Apesar dos avanços clínicos recentes, o mieloma múltiplo não tem cura e o tratamento depende do estado da doença. Ele pode ser realizado com o uso de medicamentos, quimioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. O tratamento é orientado por hematologistas que se dedicam a estabilizar a doença, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. “É fundamental buscar assistência médica ao perceber quaisquer sintomas suspeitos”, ressaltou. “Conhecimento sobre a doença e diagnóstico precoce são essenciais para um tratamento efetivo”, enfatizou.