- HISTÓRICO –
Filho nobre de Floreal: Clodovir (Clodovil) Hernandes
A ORIGEM
Por volta de 1.930, começaram a chegar a Floreal e região os primeiros povoadores, que foram verdadeiros bandeirantes em meio ao traço marcante dessas paragens, as grandes matas ou florestas. A derrubada de matas, com a fixação do homem na terra, foi à primeira providência. Seguiu-se o cultivo da terra e a criação, com aumento gradativo, do gado e suíno. Em 1932, num movimento humano natural, sem nenhum planejamento ou objetivo senão vencer as dificuldades, modificando a paisagem das matas, daí o primeiro nome da localidade, FLORESTA, e marcar a presença do homem na região, começaram a surgir as primeiras habitações, que eram bastante rústicas. Dois nomes se ressaltaram nessa época: Cândido Poloni e Atílio Sbroggio, que eram proprietários no município. Ao redor de um quadro de terras, onde o espírito social e cristão do homem fez derrubar a mata, e onde Júlio Mineiro plantou e fez a sua colheita de arroz até 1934, foram se erguendo as habitações em pequeno número.
FUNDAÇÃO DO POVOADO
Em 6 de agosto de 1935, cumprindo devoção de moradores, realizava-se um terço. A devoção era de São Bom Jesus, em cuja fé se assentou a coragem e a resistência do homem de então, para vencer as intempéries próprias da época e, principalmente, daquele meio ambiente. Assim surgia a VILA FLORESTA. São Bom Jesus é hoje o Padroeiro da cidade. Com a evolução das atividades agrícolas e pecuárias, a Nova Floresta, que teve como primeiras famílias moradoras os Tizzo, os Boracini, os Sbroggio e Procópio Davidoff, merecia um reconhecimento pelo trabalho de sua gente.
PONTO “CHIQUE” – O PRIMEIRO VILAREJO
Existiu há alguns anos atrás uma corruptela nas cercanias de Floreal chamada de “PONTO CHIQUE. No local existiu uma venda com portas de madeira, um campo de futebol, uma escola de alvenaria e algumas casas que margeavam a estrada que liga o município a Valentim Gentil. O local era muito frequentado por moradores da cidade e área rural. No campo de futebol, todos os finais de semana aconteciam jogos, a venda era como se fosse um ponto de apoio, visto que a distância em média do local até a cidade, chegava a uns 15 quilômetros. Existem relatos que em frente á venda tinha uma placa com o nome de “Venda do Ponto Xique,” com X. Não se sabe ao certo a origem do nome, mas o Vilarejo é muito antigo e está presente na memória de muitas famílias e moradores de Floreal. Hoje existem apenas as ruínas da antiga venda, da escola rural e das casas que margeavam a estrada velha. A única coisa que ainda ficou de pé como testemunha, são às frondosas paineiras e as árvores de cedro, que mostram sua antiguidade pelo seu tamanho e robustez. O êxodo rural certamente contribuiu para o esvaziamento do local. Hoje a área rural do município está quase vazia, as pessoas foram se mudando, ou indo para outras cidades e estados. Foram coletadas amostras de tijolos da antiga venda como vestígio da memória do local.
A VILA APARECIDA
Floreal também possui um segundo distrito rural bastante antigo e conhecido por todos, à Vila Aparecida. O local também já foi bastante movimentado, com escola, venda, açougue e muitas casas. Diferente do “Ponto Chique,” a Vila Aparecida ainda continua resistindo aos atrativos da vida urbana. O vilarejo tem uma capela muito bem cuidada pelos moradores locais, que realizam todos os anos, uma famosa quermesse que ajuda na manutenção dos espaços. A venda que existia no local, hoje virou residência, descaracterizando a fachada original do prédio. O local está próximo ao Rio São José dos Dourados que forma uma fronteira natural entre os municípios de Floreal e Valentim Gentil. Pelo local passavam grandes comitivas de gado que seguiam com destino a Estrada Boiadeira do Taboado, antiga estrada que trouxe o desbravamento do “Sertão de Rio Preto”. Segundo relatos dos moradores locais, eram muitas cabeças de gado cruzando o rio, passando por aqui. Na venda compravam cachaça, carne seca e querosene para seguir viagem. Ao lado da capela ainda há um cruzeiro de aroeira que sustenta um sino de ferro fundido com várias ornamentações. Outro fato curioso é a existência de um misterioso cemitério que há dentro de uma grande reserva de mata nativa próximo ao vilarejo no sentido de quem esta vindo ou indo para Floreal. Segundo relatos, dentro da mata existiria um cemitério de anjinhos com várias cruzinhas fincadas, e algumas estátuas de anjinhos. O local seria para o enterro de crianças que nasciam, e acabavam morrendo por decorrência de doenças da época, visto que o acesso à saúde e médico era difícil. Vila Aparecida está localizada bem no meio de um cruzamento que dá acesso para os municípios de Floreal e Valentim Gentil, e dos Bairros São Benedito e dos Portugueses.
CRIAÇÃO DO DISTRITO
Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto Lei Estadual nº 14334, é criado o Distrito com o nome de Floreal, pertencente ao município de Nhandeara.
CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO
A 31 de Dezembro de 1.958, através do Decreto Lei nº 5.121, é criado o Município de Floreal, que se desmembra então de Nhandeara e passa a ser uma unidade territorial politicamente independente. A sua instalação verificou se em 1º de Janeiro de 1960,com a solenidade de posse do primeiro Prefeito, Guilherme Lojúdice, e a primeira Câmara de Vereadores.
Autor do Histórico: Enive Violin
Gentílico: Florealense
GALERIA DE PREFEITOS
Guilherme Lojúdico de 1960 à 1963; Décio Prata de 1964 à 1968, Antônio Venditti de 1969 à 1972, Sérgio Sbroggio de1973 à 1976, de 1983 à 1988, Oderci Perioto de 1977 à 1982 e de01/01/1997 à 31/12/2000 , Elson Moriale de 1989 à 1992 e de 01/01/2001 à 31/12/2004 , Milton Arvecir Lojudice de 01/01/1993 à 31/12/1996, Gilberto de Grande de 01/01/2005 à 31/12/2008 e de 01/01/2009 à 31/12/2012, João Manoel de Castilho de 01/01/2013 à 31/12/2016 e de 01/01/2017 à 31/12/2020. OBS.: O Sr. Guilherme Lojúdice, foi o primeiro Prefeito de Floreal.