Março Lilás – mês da conscientização sobre o câncer do colo do útero

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Ginecologista e obstetra Leandro Freitas Colturato atende paciente - Foto: Reprodução

Ginecologista do Austa Hospital ressalta a importância de prevenção contra o câncer do colo do útero, terceiro tumor mais frequente entre as mulheres.


Março Lilás é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do câncer de colo do útero, o terceiro mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal e excetuando-se o câncer de pele não melanoma) e a quarta causa de morte de mulheres por tumor maligno no Brasil.

O câncer de colo do útero pode não apresentar sintomas nas fases iniciais, alerta o ginecologista e obstetra Leandro Freitas Colturato, do Austa Hospital, de Rio Preto. “Por ser assintomático, às vezes, é fundamental que as mulheres realizem os exames preventivos, como o Papanicolau e o teste de HPV, para o diagnóstico precoce”, afirma Dr. Leandro.

No Brasil, para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados mais de 17.000 casos novos do tumor do colo do útero, o que representa uma incidência de 15 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O câncer do colo do útero (CCU), também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos), especialmente os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos da doença. “A infecção pelo HPV, no entanto, não é suficiente para o desenvolvimento do câncer. Este vírus é sexualmente transmissível, muito frequente na população e diminui-se o contágio com o uso de preservativos”, explica o ginecologista do Austa Hospital.

Dr. Leandro ressalta que o mais importante é a prevenção, por isso, a relevância do Março Lilás. Segundo o ginecologista, a principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, disponível para meninas e meninos na faixa etária recomendada (normalmente de 9 a 14 anos). A vacinação também é recomendada para mulheres até 45 anos e homens até 26 anos, mesmo que já tenham sido expostos ao vírus.

Associada à vacinação, está uma atitude simples, mas poderosa. O uso de preservativo masculino ou feminino reduz o risco de transmissão do HPV, embora não o elimine completamente, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pela camisinha. Além disso, o rastreamento periódico com exames como o Papanicolau e o teste de HPV permite a identificação precoce de lesões pré-cancerígenas, aumentando as chances de tratamento antes da evolução para o câncer.

Essencial também que as pessoas conheçam e fiquem atentas aos sintomas e sinais do câncer de colo do útero. Dr. Leandro Colturato lista os principais:

  • sangramento vaginal fora do período menstrual (entre menstruações ou após a menopausa);
  • sangramento após a relação sexual, exame ginecológico ou ducha vaginal;
  • menstruações mais longas e intensas do que o habitual;
  • secreção aquosa, rosada ou com mau cheiro;
  • corrimento com sangue, mesmo fora do período menstrual;
  • dor na parte baixa do abdômen ou na pelve;
  • desconforto durante a relação sexual (dispareunia).

O ginecologista do Austa Hospital lembra também que o câncer pode se espalhar para outros órgãos do corpo, resultando em alguns sintomas como, por exemplo, dor lombar ou nas pernas (se houver compressão de nervos), dificuldade para urinar ou evacuar (quando o tumor pressiona a bexiga ou o reto), inchaço nas pernas (obstrução dos vasos linfáticos), perda de peso inexplicada e fadiga constante.