A derrota vergonhosa para o São Caetano na última quarta-feira praticamente decretou o rebaixamento do Votuporaguense no Campeonato Paulista da Série A2. Emocionado e muito decepcionado com a campanha feita pelo CAV, Marcelo de Oliveira Melo, diretor do clube, disse que a queda é iminente e deu indícios até de que a equipe pensa em fechar as portas
“Já foi para o brejo”, disse em relação ao rebaixamento em entrevista a uma rádio local. “O pensamento hoje é parar com tudo, repensar. Vamos pensar em outras coisas. É hora de se acalmar. Nós já abrimos mão de muitas coisas para passar por situações que não precisávamos. Sinceramente, é um desânimo total”, acrescentou.
“Não poderíamos nunca chegar nessa situação. Tudo o que foi investido… dinheiro que nós não temos. Agora é repensar, ver se compensa passar o que estamos passando, deixar a família em casa e passar o que estamos passando. Eu acho que futebol não é para nós. Sinceramente, acho que está dando já”, acrescentou.
Apesar da crise financeira durante a pausa da pandemia, o Votuporanguense investiu ainda mais, manteve atletas e de quebra trouxe reforços para fugir do descenso. Mesmo assim, somou apenas um ponto contra XV de Piracicaba e São Caetano. Vale ressaltar que o CAV foi uma das equipes que mais investiu para essa Série A2 e figurava como uma das candidatas ao acesso antes de a competição começar.
“As coisas não dependem mais da gente. Está na mão dos jogadores e parece que a coisa não vai. O que a gente poderia fazer, nós já fizemos, e parece que as forças vão acabando e você começa a repensar algumas coisas”, desabafou. “Ter uma empresa que não depende de você é difícil”, prosseguiu.
“Não tinha o que fazer, era desespero. Todos sabem o que é uma cota de Série A2 e uma cota de Série A3. Ou você aposta o que você não tem para tentar recuperar 20% em um ano ou perde tudo. Nós apostamos e pelo visto perdemos de novo”, finalizou.