
A prisão do indivíduo de 72 anos ocorreu nesta terça-feira (21), no bairro Jardim América. Sexta morte com suspeita de intoxicação foi confirmada pelo delegado.
O homem de 72 anos investigado por praticar uma série de mortes de cães com suspeita de envenenamento por “chumbinho” foi preso na tarde desta terça-feira (21.out), em Jales/SP.
O mandado de prisão preventiva foi decretado pela Justiça após a sexta morte por possível intoxicação ser confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Marcel Farinazzo.
O suspeito foi preso na casa dele, no bairro Jardim América. No local, a polícia apreendeu “chumbinho” e um celular do investigado. Ao ser questionado, o idoso não se pronunciou sobre sua possível participação nos crimes.
No primeiro caso divulgado, a ação foi registrada por uma câmera de segurança de uma casa no Jardim América. Na ocasião, no dia 15 de outubro, um homem, supostamente o maníaco do chumbinho, foi flagrado arremessando por cima do portão uma sacola para os cães. Em seguida, o suspeito saiu com o veículo e foi embora.
Uma das cadelas consegue pegar o alimento. Na sequência, ela apresenta diarreia, salivação excessiva e espuma branca na boca. O animal sofreu uma convulsão e não resistiu. À TV TEM, a tutora Vitória Roberta disse estar revoltada com a crueldade.
Após a divulgação da imagem, a polícia recebeu outras denúncias de envenenamento de animais. Em outro caso, registrado no dia 8 de outubro, conforme o boletim de ocorrência, o tutor informou à polícia que o pet, um beagle, de dez anos, morreu ao comer uma substância deixada em uma sacola, na calçada em frente à casa dele.
Ao retornar para a residência, o tutor encontrou o animal morto, com sinais de vômito, manchas escuras e diarreia, além da espuma branca na boca. A vítima acionou o setor de Zoonoses, que orientou o enterro em um aterro sanitário.
Outro caso foi registrado no dia 16 de outubro. Segundo o BO, o tutor também procurou a polícia e informou que encontrou a cachorra, sem raça definida, de oito anos, embaixo do carro dele, com vômito e espuma na boca.
A 50 metros da casa, o tutor localizou os resquícios de uma substância semelhante ao chumbinho, próximo à guia da calçada. O animal foi enterrado em um terreno e não foi submetido ao exame necroscópico.
As ocorrências foram registradas como praticar ato de abuso a animais e são investigadas pela Polícia Civil, que analisa se os crimes foram cometidos pelo mesmo suspeito.
Investigação
No curso das investigações, os policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) analisaram mais de 170 horas de imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades do bairro onde o investigado mora. Nas gravações, ele aparece espalhando sacolas com alimentos envenenados em calçadas e até arremessando o material para dentro de quintais.
Com base no relatório policial, o delegado pediu a prisão preventiva, alegando que a liberdade do suspeito colocava em risco moradores e animais da região. O investigado também teve postagens em redes sociais descobertas pela Polícia Civil, nas quais atacava animais, opositores políticos e membros de uma Igreja Batista da cidade.
A investigação aponta que o preso é responsável por diversos casos de maus-tratos. Cada crime previsto na Lei de Crimes Ambientais pode resultar em pena de 2 a 5 anos de reclusão.




