No elenco estão presentes Ruy Brissac, Rhener Freitas, Adriano Tunes, Robson Lima, Beto Hinoto, Fefe Schneider, Jéssica Córes, Jarbas Homem de Mello e Guta Ruiz
O grupo Mamonas Assassinas terá sua história contada nas telonas depois de 27 anos após a morte dos integrantes. Um dos maiores fenômenos da história da música popular brasileira viveu carreira curta de poucos meses, mas que foram o suficiente para conquistar uma geração inteira. Essa trajetória está sendo retratada desde quinta-feira (28), em mais de 800 salas de cinema do Brasil, inclusive no Novo Cine Votuporanga.
Nos anos de 1990, Dinho (vocalista interpretado por Ruy Brissac), Sérgio Reoli (baterista vivido por Rhener Freitas), Samuel Reoli (baixista papel de Adriano Tunes), o tecladista Julio Rasec (Robson Lima) e o guitarrista Bento Hinoto (Alberto Hinoto) são garotos comuns com pouco dinheiro e muitos sonhos.
Depois de algumas tentativas fracassadas, praticamente do dia para a noite, eles se tornam a sensação musical da década: os Mamonas Assassinas. Se opondo às tendências das principais canções, eles decidem seguir um caminho mais bem-humorado e ousado que sempre apelava para palavrões. Assim, eles fizeram sucesso sendo eles mesmos e se tornaram o maior nome quando se fala de rock cômico brasileiro.
Donos de hits como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Vira-Vira”, as letras contam com um humor debochado e inteligente. Todas elas estão contempladas na película com um diferencial: foram regravadas e performadas pelo elenco, já que o disco original não tinha como ser remasterizado por conta da forma que foi produzido. A integração de tais músicas não só evoca nostalgia como também vai atrás do público mais novo que pode não ter tido contato com os Mamonas.
“É muito importante as novas gerações conhecerem os Mamonas e aprenderem com essa leveza que eles abordaram temas que hoje em dia são super relevantes. Além de que eles tratavam desses assuntos sem que ninguém se ofendesse, eles eram necessários naquela época e são necessários neste momento “, explica Edson Spinello, que assina a direção.
Recentemente, filmes semi-biográficos têm se tornado um tema recorrente no cinema, a exemplo do recente “Meu Nome É Gal”, lançado em outubro deste ano. Para a construção da trama, essas biografias musicais de sucesso serviram de base e inspiração, como “Bohemian Rhapsody”, sobre a banda Queen, e “Rocketman”, sobre Elton John.
“Era fundamental pesquisar e compreender as melhores maneiras de, por exemplo, filmar shows. Esses filmes são excelentes nesses quesitos também. E os shows são de enorme importância no enredo. São eles que ajudam a trazer a energia da banda e mostrar como contagia seu público”, conta Spinello.
Uma outra influência mais óbvia também mencionada pelo diretor foi o próprio “O Musical Mamonas”, de José Possi Neto. Estreado em 2016, Ruy Brissac também faz o papel do vocalista.
A ajuda não estava só nas inspirações, tentando respeitar a carreira da banda, a obra foi filmada na cidade onde viviam os integrantes e teve um apoio direto da família dos músicos que acrescentaram na pesquisa feita pelo roteirista Carlos Lombardi e nos figurinos.
O filme não é apenas biográfico, mas uma homenagem à irreverência, talento e legado deixado pelo quinteto. É uma ficção baseada em fatos reais, explorando os desafios e conquistas do grupo. Em vez de focar na tragédia que encerrou prematuramente suas vidas e chocou o País, a narrativa destaca a jornada inesperada dos amigos de Guarulhos que se transformaram em ícones nacionais.