Justiça aceita denúncia contra grupo investigado por hackear dados de órgãos públicos e privados 

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Caso foi investigado pela Polícia Civil de Bady Bassitt — Foto: SSP/Divulgação

Investigações apontaram que os réus, moradores dos estados de SP, SC e MT, contavam com o auxílio de dois adolescentes de Bady Bassitt.


A Justiça aceitou a denúncia contra três hackers investigados por invadirem dados de sistemas de órgãos públicos e privados. A denúncia foi oferecida pelo promotor de São José do Rio Preto/SP, Fernando Rodrigo Garcia Felipe, e aceita no dia 17 de janeiro.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), os hackers integravam uma organização criminosa dedicada a acessar os sistemas e vender dados sigilosos de cidadãos. Eles responderão por invasão de dispositivo informático e um dos acusados também foi denunciado por posse de pornografia infantil.

As investigações apontaram que os réus, moradores dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, contavam com o auxílio de dois adolescentes de Bady Bassitt/SP. 

O grupo vendia logins que permitiam a entrada em plataformas de instituições policiais, cobrando de R$ 200 a R$ 1 mil por acesso. Os valores eram pagos em criptomoedas.

Ainda segundo o MP, as fraudes envolveram também alteração em cadastros de vacinas contra a Covid-19, emissão de certidão de óbito em nome de pessoa viva e venda de dados de cartões de crédito.

Um dos homens burlou o sistema de uma empresa que faz a gestão de créditos de vale-alimentação e vendeu contas que permitiam compras em aplicativos de entrega de refeições. 

Já por meio de invasão ao aplicativo CAIXA Tem, da Caixa Econômica Federal, os criminosos tiveram a possibilidade de resgatar FGTS de trabalhadores que não receberam o benefício. Além disso, sistemas de reconhecimento visual das Polícias Civil e Militar de São Paulo, assim como logins de acesso ao site do MPSP, também foram hackeados. 

*Com informações do Diário da Região