Jurados absolveram o réu por “clemência”, ou seja, perdão pelo sentimento de pena ou dó. O jovem estava preso desde o ocorrido no CDP de Rio Preto, mas foi liberado após o término do julgamento.
Por quatro votos a favor e um contrário, o Tribunal do Júri absolveu, na última quarta-feira (13.abr), o jovem, de 22 anos, que matou uma mulher com dois tiros na cabeça para vingar a morte da mãe, encontrada enterrada em um quarto, no dia 24 de agosto de 2022, em Nova Granada/SP.
Os jurados absolveram o réu por “clemência”, ou seja, perdão pelo sentimento de pena ou dó. O jovem estava preso desde o ocorrido no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto/SP, mas foi liberado após o término do julgamento.
Conforme os advogados de defesa, Priscila Furlaneto e Diego Carretero, o réu foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por matar Gislaine Torres de Oliveira, apontada como uma das responsáveis pela morte de sua mãe, Edilamar Aparecida Pires Miranda.
A imprensa, Priscila explicou que o jovem estava com o irmão, de 16 anos, quando atirou duas vezes em Gislaine, no dia 15 de setembro do ano passado, 46 dias depois do corpo de sua mãe ser encontrado pela avó em um quarto.
Por conta do ocorrido, o adolescente está internado na Fundação Casa, onde cumpre medida socioeducativa por tempo indeterminado. Os advogados entraram com recurso para pedir a liberdade do menino, mas a Justiça negou.
“Nós devemos fazer um habeas corpus para que, com a absolvição do irmão, a gente consiga reverter essa decisão de internação”, explicou Priscila.
Ainda conforme Priscila, o ex-marido de Edilamar, considerado o principal suspeito de cometer o crime, segue está foragido.
O delegado Ericson Abufares, responsável pela investigação do caso, disse que concluiu o inquérito policial e pediu a prisão preventiva do suspeito. O último indício da polícia é de que o homem estava em Araxá/MG.
O laudo necroscópico aponta que o corpo de Edilamar estava em avançado estado de decomposição, por isso não foi possível concluir a causa da morte.
Mulher morta e enterrada
O corpo de Edilamar foi encontrado pela mãe dela. Ela estava enterrada no quarto da casa onde morava, em Nova Granada.
A Polícia Militar foi acionada e constatou que o portão da residência foi arrombado. Em um dos quartos havia uma cômoda em cima de um tapete e, no local, foi encontrada uma espécie de cova.
Com uma pá, a equipe localizou o corpo dela. Segundo o relato da mãe à polícia, a filha estava desaparecida havia oito dias.
De acordo com a PM, várias pedras de naftalina foram encontradas na soleira da janela para disfarçar o odor do corpo. Na varanda tinham baldes e uma sacola com terra.
Os bombeiros foram acionados para retirar o corpo, encaminhado, posteriormente, ao IML (Instituto Médico Legal).
*Com informações do g1