Jogador do CAV afirma ter sido chamado de ‘macaco’ e FPF envia caso para o TJD-SP 

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Jogador do CAV afirma ter sido chamado de ‘macaco’ e FPF envia caso para o TJD-SP – Foto: AndreyQueiroz/Reprodução

O relato de injúria racial ocorreu na manhã deste domingo (6), na Arena Plínio Marin, em Votuporanga/SP, e foi relatado na súmula da partida entre Votuporanguense e Noroeste.


Um relato de injúria racial foi registrado na súmula da partida entre Clube Atlético Votuporanguense e Noroeste, válida pelo Campeonato Paulista sub-13, realizada na manhã deste domingo (6.jul), na Arena Plínio Marin, em Votuporanga/SP.

No documento, o árbitro Bruno da Silva Lacerda relatou ter sido “informado pelo diretor de jogo Marlon Espínola, durante o primeiro tempo da partida do sub-14, que nos cumprimentos finais do sub-13, o atleta de número 15, José Miguel Silva, da equipe do Votuporanguense, alegou ter sido chamado de macaco por um jogador do Noroeste, o qual não foi identificado pelo mesmo”.

O gerente de futebol do Clube Atlético Votuporanguense, Rogério Fernandes, informou que todas as medidas administrativas cabíveis foram tomadas imediatamente após o ocorrido. Segundo ele, tanto o delegado da partida quanto o árbitro comunicaram oficialmente o episódio à Federação Paulista de Futebol (FPF), em conjunto com a diretoria do clube.

“A nossa diretoria está em contato diário com a família e com o garoto que foi vítima desse fato. O Clube Atlético Votuporanguense está dando total apoio para a família e para o garoto. E nós aguardamos o pronunciamento da Federação sobre quais as medidas adotadas sobre o caso”, afirmou.

A partida terminou com vitória dos visitantes por 1 a 0, gol marcado na segunda etapa do duelo.

Procurada pelo Diário, a Federação Paulista de Futebol informou que tomou conhecimento da denúncia de injúria racial envolvendo atletas na partida entre Votuporanguense e Noroeste, válida pelo Campeonato Paulista Sub-13, realizada no último domingo (6): “O episódio, registrado em súmula, já foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado de São Paulo (TJD-SP) para análise e eventual aplicação das penalidades cabíveis.” 

“A FPF reforça que repudia veementemente qualquer ato de racismo e seguirá acompanhando o caso, prestando todo o apoio necessário às partes envolvidas. A FPF reforça sua luta antirracista, corroborada por ações práticas como a criação do Tratado pela Diversidade e Contra a Intolerância no futebol paulista, que dita procedimentos contra todo tipo de preconceito e intolerância no esporte”, concluiu a nota.