Japão deve decidir amanhã se bane torcedores estrangeiros das Olimpíadas de Tóquio 

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Presidente do Comitê Organizador dos Jogos espera definição sobre presença de torcida em reunião neste fim de semana: “Precisamos ser capazes de tomar a decisão logo”.


O Japão deve definir neste sábado (20) se vai permitir ou não a presença de torcedores estrangeiros nas Olimpíadas de Tóquio, em julho. Por causa da pandemia do coronavírus, a tendência é de que a torcida estrangeira seja banida das arquibancadas e não tenha permissão para entrar no país. Nesta sexta-feira, a presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Seiko Hashimoto, confirmou que uma reunião no sábado deve selar a proibição de estrangeiros. 

“As pessoas estão esperando ansiosamente por uma decisão antecipada para que possam seguir para a próxima etapa. Precisamos ser capazes de tomar a decisão logo”, disse Hashimoto. 

A reunião de sábado vai contar com cinco partes interessadas nas Olimpíadas: o Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o Comitê Organizador dos Jogos, o Governo do Japão e o Governo Metropolitano de Tóquio. Hashimoto acredita que o COI e a o Governo do Japão vão ter mais voz nessa decisão. 

“Todas as decisões serão tomadas pelo COI no final. Quando se trata de imigração, é um assunto do governo nacional na fronteira”, disse a presidente do Comitê Organizador. 

A declaração de Hashimoto é uma resposta ao pedido para adiar a decisão sobre torcedores estrangeiros feito pelo australiano John Coates, membro do COI que coordena a Comissão de Supervisão dos Jogos de Tóquio. A presidente do Comitê Organizador espera que a definição sobre os estrangeiros seja anunciada antes do início do revezamento da tocha olímpica, na quinta-feira. 

Mais de 4,5 milhões de ingressos foram vendidos para os residentes no Japão, além de um milhão de entradas vendidas para torcedores estrangeiros, que vão ser reembolsados caso não possam estar nas arquibancadas nas Olimpíadas. O Comitê Organizador dos Jogos esperava arrecadar US$ 800 milhões (quase R$ 4,5 bilhões) com a venda de ingressos, mas vai ver esses recursos diminuírem por causa da pandemia do coronavírus.