Investigação aponta que motorista de aplicativo vítima de latrocínio não foi enterrado vivo em canavial 

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Glauber era motorista de aplicativo de Araçatuba e estava desaparecido desde o dia 1º de março — Foto: Arquivo Pessoal

Glauber Humberto Florentino foi encontrado morto em um canavial de Bento de Abreu/SP; suspeitos foram presos temporariamente.


A Polícia Civil de Araçatuba/SP identificou que o motorista de aplicativo Glauber Humberto Florentino, vítima de latrocínio, não foi enterrado vivo. A morte teria sido causada por lesões provocadas por agressões.

Glauber desapareceu no dia 1º de março e foi encontrado morto na noite de 12, em um canavial de Bento de Abreu/SP. Os dois suspeitos são irmãos e foram presos temporariamente.

O caso passou a ser investigado após o desaparecimento da vítima. A polícia fez diligências e descobriu que o Glauber acreditava que teria um encontro amoroso, por isso buscou o principal suspeito de cometer o assassinato, que já planejava roubar o carro dele. 

No encontro, o suspeito abordou Glauber com um fio elétrico, laçou o pescoço da vítima e ameaçou matá-la enforcada. Então, o criminoso assumiu o volante do carro e dirigiu cerca de dois quilômetros com o motorista de aplicativo inconsciente. 

Após a prisão, o criminoso disse à polícia que agrediu a vítima e teria dado um frasco de dipirona a Glauber, mas antes de morrer o motorista os jogou embaixo do carpete do porta-malas. 

“Ele imobilizou os braços e pernas do Glauber com fita adesiva e o colocou no porta-malas. Depois foi até a casa do irmão, pegaram uma pá e uma enxada para enterrar o corpo. Quando pegaram o álcool, que segundo eles seria para tirar as digitais, a vítima ficou com medo de ser incendiada, pediu para que não a matassem e correu”, explica. 

A vítima caiu durante a fuga e foi agredida com socos, chutes e golpes de pá na cabeça e abdômen. Estas lesões teriam provocado a morte. 

Motivação e prisões

A investigação da polícia também constatou que o crime foi motivado pela venda do carro da vítima por R$ 9 mil. 

“O primeiro preso planejou e o segundo ajudou na execução. É latrocínio, vão ficar presos temporariamente e vamos relatar a preventiva dos dois. A pena mínima do latrocínio é vinte anos, a máxima 30 e ocultação de cadáver de um a três”, afirma o delegado. 

*Com informações do g1