Iniciativa faz parte das ações preventivas contra a febre maculosa no município.
A Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Votuporanga recebeu profissionais do Instituto Pasteur, órgão especializado do Governo do Estado, para a realização de uma pesquisa acarológica no município para levantamento de áreas que possam contar com infestação de carrapato-estrela e também para análise e verificação se há circulação da bactéria que pode transmitir a febre maculosa.
Um dos principais locais vistoriados foi o Parque da Cultura, onde não foram encontrados carrapatos, devido a outras ações de prevenção já adotadas. Outro local visitado foi a represa da Av. Paschoalino Pedrazolli, onde foram coletadas amostras de carrapato e levadas para análise.
Na ocasião, foi realizado também um treinamento com profissionais da Coordenadoria de Controle de Doenças – CCD (antiga Sucen), com o intuito de preparar a equipe municipal para que realizem a pesquisa em outras áreas levantadas pela Vigilância.
Ações de prevenção contra a doença estão sendo realizadas em Votuporanga como, por exemplo, sinalizações que estão em fase de instalação no Parque da Cultura, orientações aos visitantes sobre a importância de manter os cães sempre em guias e coleiras, entre outras medidas.
É importante ressaltar que o transmissor da doença é o carrapato-estrela, se estiver contaminado. Portanto, a capivara, assim como outros animais como cavalos, bovinos, cabra, cachorro, porco, coelho, cotia, tatu, tamanduá, galinha, peru, siriema, roedores, entre outros, são apenas hospedeiros do carrapato.
Febre Maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode se manifestar de formas clínicas leves e atípicas até formas graves. A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa e os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela.
O primeiro caso no Estado de São Paulo foi identificado no ano de 1929, ou seja, não é uma doença nova. Entre os sintomas estão: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e solas dos pés.
O recomendado é que as pessoas que frequentarem locais infestados de carrapatos ou perceberem picadas se atentem aos sintomas que podem aparecer de dois a 14 dias após a picada. E, sob manifestação de quaisquer sintomas, procurar a unidade de saúde mais próxima.