HB de Rio Preto tem a menor mortalidade de pacientes cardíacos entre os cinco grandes hospitais do Estado

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Hospital de Base de Rio Preto tem a menor mortalidade de pacientes cardíacos entre os cinco grandes hospitais do Estado - Foto: Reprodução

O índice de mortalidade no Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP foi de 3,71% no período de 10 anos, entre 2012 e 2022, segundo dados do Ministério da Saúde.


O Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital de Base de São José do Rio Preto registrou a menor mortalidade de pacientes cardíacos internados em UTI entre os principais hospitais do Estado de São Paulo. O índice de mortalidade no Hospital de Base de Rio Preto foi de 3,71% no período de 10 anos, entre 2012 e 2022, segundo dados do Ministério da Saúde. É a metade do índice médio, de 7,05%, registrado nos outros seis grandes hospitais estaduais.

O levantamento analisou as internações e mortes do HB de Rio Preto, Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas de São Paulo (USP), Hospital das Clinicas (HC) de Ribeirão Preto (USP), HC da Unicamp, HC da Unesp de Botucatu e HC de Marília.

Segundo o cirurgião cardiovascular Antônio Carlos Brandi, a melhoria nas técnicas utilizadas nas cirurgias feitas no HB é a principal responsável pelo resultado. “Conseguimos reduzir o tempo médio de operação de 6h para 4h. Com isso, o paciente corre menos riscos, além de melhorar a recuperação no pós-operatório”.

Desde julho o Hospital de Base intensificou os cuidados com procedimentos cardiovasculares, a partir da abertura da Unidade de Cardiointensivismo (UCI) Dr. Domingo Marcolino Braile. Ao todo, 23 leitos foram instalados para pacientes que precisam de atendimentos cardíacos, totalmente voltado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Aprimoramos a equipe médica do hospital, que conta com 28 profissionais, desde enfermeiros até cirurgiões. A meta é não ter mortes durante os procedimentos e, para isso, estamos sempre melhorando nossos procedimentos”, afirma chefe de cirurgia cardiovascular Carlos Alberto dos Santos.

Segundo o Dr. Antônio Carlos Brandi, são realizados até 45 procedimentos todos os meses. O local proporcionou uma nova experiência aos pacientes, que além dos cuidados médicos, contam também com quartos climatizados e com frigobar.

Uma das pacientes que foi atendida no novo complexo é a dona de casa Maria José Aparecida de Souza. Ela conta que sentiu muita falta de ar e em menos de 15 dias realizou o procedimento cardiovascular necessário.

“O atendimento foi muito humanitário, fiquei internada tomando medicamentos ao longo dos 15 dias. Durante o processo, a equipe me explicou todos os procedimentos e como a cirurgia seria realizada”, afirma Maria José.

Pouco mais de dois meses depois da cirurgia, realizada em outubro deste ano, a dona de casa só tem elogios. “Agradeço muito ao hospital e aos médicos e enfermeiros que fizeram a cirurgia, eles são muito atenciosos”.

Reduções

O resultado atual do HB também aponta para uma redução na mortalidade registrada nos últimos 10 anos. Isso porque, de 2008 a 2012 a taxa estava em 6,36%, contra os 3,66% atuais.

Além disso, o tempo de internação também diminuiu. De 2018 a 2022 cada paciente permaneceu, em média, 10,4 dias internado, quase dois a menos que o registrado entre 2008 a 2012, quando as internações duravam, em média, 12,1 dias.

Sobre a UCI

A Unidade de Cardiointensivismo (UCI) Dr. Domingo Marcolino Braile foi inaugurada em julho deste ano e conta com 23 leitos para pacientes que precisam de atendimento cardíaco, totalmente voltada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A unidade já existia, mas mudou de lugar e foi revitalizada, mantendo o nome original, em homenagem ao Dr. Domingo Marcolino Braile, pioneiro na cardiologia rio-pretense e referência nacional na especialidade. “Essa é uma unidade que está sendo modernizada. A gente vai ter um espaço mais amplo, mais humanizado, mais individualizado, uma qualidade melhor para o paciente e o funcionário”, afirma Mauricio de Nassau Machado, cardiologista responsável pela UCI.

O intuito da unidade, segundo o especialista, é fazer uma monitorização mais detalhada com pacientes clínicos e cirúrgicos de cardiologia, pacientes com infarto, que fizeram angioplastia, com arritmias, que precisam de marcapasso, além de pós-operatórios.