Com passeata e aula pública, greve geral contra a reforma da previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro acontece amanhã.
Acontece amanhã, dia 14, em consonância com vários atos em todo o país, a Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais dos Trabalhadores do Brasil. A greve faz parte da agenda de protestos que juntou estudantes no dia 15 e no dia 30 de maio, contra o contingenciamento das verbas para a educação. A pauta de amanhã será contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro.
O ato irá começar às 8h da manhã, na Praça São Bento. Às 9h haverá uma passeata, que ocupará as ruas Amazonas e Pernambuco, e retornará até a Praça São Bento no final. A tarde, a partir das 16h, o movimento estudantil irá se reunir no Centro do Trabalhador para ministrar aulas públicas e fazer manifestações.
O ato em Votuporanga acompanha outros em todo o Brasil. Segundo a presidente da APEOESP, a deputada estadual Maria Izabel Noronha, a Bebel (PT), a classe trabalhadora será a mais atingida pela reforma. “Então, no dia 14, os professores vão parar as escolas. É um dia de muita força. Temos de demover os deputados de aprovarem uma lei tão ruim, não só para os professores, mas para toda a classe trabalhadora”, afirma a deputada.
Um carro de som irá acompanhar o trajeto da passeata na cidade. A locução ficará a cargo de João Carlos Ribeiro, professor de língua portuguesa da escola Sebastião Almeida de Oliveira e conselheiro regional da APEOESP, responsável por políticas sindicais. O professor explica a continuidade dos protestos contra os cortes na educação. Segundo ele, tanto o governo Bolsonaro quanto o anterior tem um projeto para sucatear a educação e passa-la para a iniciativa privada. “O desmanche da escola pública começou com o governo do Michel Temer, com o congelamento dos gastos. Nesse congelamento houve um corte de 75% na área da educação, e neste ano tivemos mais 30%”, segundo o professor.
O contingenciamento de Bolsonaro sofreu algumas derrotas na Câmara e também no judiciário, mesmo assim, segundo João Carlos, as passeatas precisam continuar. “O movimento tem que continuar. Existe um interesse em destruição da escola pública e passar as verbas pra iniciativa privada. A intenção era que o dinheiro no bolso do aluno, e o aluno escolheria a instituição que ele quisesse estudar. O que nós somos contrários”, disse.