Filme “Como se tornar o pior aluno da escola” recebe moção de repúdio na Câmara 

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Foto: Reprodução

Obra de 2017, criada pelo humorista e apresentador Danilo Gentili, que conta com participação de Fábio Porchat, é acusada de apologia à pedofilia.


A Câmara Municipal de Votuporanga/SP aprovou na 9ª sessão ordinária desta segunda-feira (21.mar) uma moção de repúdio, de autoria do vereador Daniel David (MDB), ao filme “Como se tomar o pior aluno da escola”.

“O filme foi adicionado ao catálogo da plataforma de streaming Netflix, com classificação de censura para 14 anos, cujo conteúdo conta com cenas inapropriadas e desconstrutivas aos valores da moral e da família. No vídeo há em tese um induzimento à prática de atos sexuais entre um adulto e criança menor de 14 anos, com uso de coação moral entre ambos e, isso não pode ser considerado como liberdade de expressão, bem como, não pode ser usado para afrontar e banalizar os valores da sociedade, sendo um assunto sensível e preocupante que pode destruir a inocência de nossas crianças. As cenas veiculadas por referido filme, ofendem de toda a sorte os costumes e prática de vida das famílias, visto a luta, para equalizar a família, e manter em integridade os integrantes do referido ente. A luta é maior do que nossas forças, e se faz inegável que muitos, lutam em desfavor”, aponta a moção. 

O longa de 2017, criado por Danilo Gentili, que conta com participação de Fábio Porchat, é acusado de suposta apologia à pedofilia em razão de uma cena envolvendo adolescentes. Diante disso, o roteirista e ator do longa, Gentili, retrucou os comentários negativos, em seu Twitter, ao afirmar que o “maior orgulho” de sua carreira é ter conseguido “desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”. 

A cena que gerou as críticas mostra quando o inspetor, vivido por Porchat, sugere um ato sexual por parte dos garotos. 

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a época, à obra foi classificada, pelo próprio Ministério da Justiça, como apropriada para adultos e adolescentes a partir de 14 anos. Com a polêmica, a pasta requisitou, antes de pedir a remoção das redes sociais, a alteração da classificação indicativa para 18 anos.