Clube também questiona a suspensão de dois dos 11 jogadores punidos e defende a inocência dos atletas.
Um dia após ser suspenso pelo TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo), o Fernandópolis publicou uma nota oficial contestando a punição do clube e de dois dos 11 atletas suspensos por suspeita de manipulação de resultados, em jogos da Bezinha, a quarta divisão do Paulista.
Pelas redes sociais, o Fefecê considera injusta a punição e revela que foi o próprio clube que encaminhou a denúncia à Federação Paulista de Futebol, quando recebeu provas enviadas pela esposa de um dos jogadores.
“O Fernandópolis esclarece que, após a partida contra o Vocem, se iniciou uma suspeita por parte da diretoria de que alguns atletas estivessem envolvidos com tal manipulação. Uma prática desonrosa que assola até os maiores clubes do Brasil. Ao decorrer da partida contra o Tanabi tais suspeitas foram confirmadas. Recebemos através das redes sociais acusações da esposa de um dos jogadores, onde ela apresenta provas do que, até então, eram apenas suspeitas. A diretoria do Fernandópolis, então, encaminhou tais fatos e provas à Federação Paulista de Futebol que procedeu, sob sigilo, as devidas investigações. O Fernandópolis está sendo agora penalizado por atos que não condizem com as diretrizes do clube, sempre voltadas à clareza, respeito e honestidade”, disse a nota oficial do clube.
Ainda no posicionamento, o Fernandópolis também defende a inocência de dois dos 11 atletas suspensos pelo TJD, Calebe e Vinicius, e promete tomar as medidas cabíveis.
“Dois atletas importantes para o clube (Calebe e Vinicíus), e que o Fernandópolis os considera inocentes, foram igualmente suspensos, simplesmente por aparecerem na filmagem do jogo no momento em que o time sofreu gols na partida contra o América Sub-20. Vale lembrar que esta partida sequer era objeto inicial das denúncias comunicadas pelo clube à FPF. A suspensão preventiva do clube e destes dois atletas por 30 dias, sem aparentemente motivo justo, e sem uma decisão definitiva sobre o assunto, acabará por prejudicar o Clube em um momento importante do campeonato.”
“Por isso, o Fernandópolis e os atletas tomarão as medidas cabíveis para reverter parte desta decisão que o clube não entende como totalmente corretas e que lhe acarretará risco de dano em um momento crítico”, finalizou a nota oficial da diretoria do Fefecê.
Os jogos investigados
O pedido de suspensão preventiva do clube foi da Procuradoria. Segundo o artigo 35 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o prazo da suspensão é de 30 dias e não é passível de recurso.
Os 11 jogadores do Fefecê suspeitos de manipulação e suspensos pelo TJD são: Rafael, Rian, Calebe, Ryan, Anthony, Chrigor, Vinicius, Gabriel, Mauro Josias, Peixeiro e Índio.
Com a decisão, os dois últimos jogos do Fefecê na segunda fase da competição estão suspensos e devem virar W.O para Grêmio São-Carlense e Jabaquara.
Os jogos com suspeita de manipulação foram na primeira fase, nas derrotas para Vocem e Tanabi. No duelo entre Fernandópolis e Vocem, o placar estava em 2 a 2 até os 23 minutos do segundo tempo. Em um intervalo de 19 minutos, o Fefecê sofreu três gols e perdeu por 5 a 2.
Contra o Tanabi, na derrota por 2 a 0, os dois gols saíram na etapa complementar, aos 20 segundos e aos 49 minutos. Depois de se classificar na quarta posição na primeira fase, com campanha de quatro vitórias, um empate e cinco derrotas, o Fernandópolis caiu de produção na segunda fase.
Após vencer o Jabaquara na estreia, perdeu os três últimos jogos contra Grêmio São-Carlense e Rio Branco-SP. Com isso, ocupa a lanterna do Grupo 12 com apenas três pontos. A partida contra o São-Carlense, pela quinta rodada, seria nesta quarta-feira, às 15h, no Estádio Cláudio Rodante.
*Com informações do ge