Obesidade deve ser evitada desde o nascimento, orientam endocrinologista do IMC e cirurgião do Austa Hospital. Verdadeira “epidemia” no Brasil, excesso de peso atinge mais de 6 milhões de crianças.
A obesidade em crianças ganhou dimensão de epidemia no Brasil. Este é o alerta de médicos e instituições de saúde neste sábado (3 de junho), Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. “O Brasil está na quarta posição entre os países com mais obesos no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, China e Índia. São quase 30 milhões de pessoas e, destas, ao menos 3 milhões são crianças. Precisamos mudar esse cenário muito preocupante”, afirma Dr. Paulo Leandro Alves Bernardo, cirurgião do aparelho digestivo do Austa Hospital, de Rio Preto.
Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, em 2021 havia 6,4 milhões de crianças com excesso de peso, das quais, 3 milhões consideradas obesas. E o número só aumenta. Pesquisas da Organização Mundial de Saúde estima que, daqui a dois anos, o número de crianças obesas no mundo chegará a 75 milhões.
Segundo Paulo Bernardo, as causas da obesidade surgem já no nascimento. “A menor adesão à amamentação colabora para que crianças ganhem peso. Em seguida, elas passam a consumir alimentos mais calóricos de forma precoce. Tudo isso, aliado ao sedentarismo, colabora para esta epidemia de obesidade infantil”, afirma o cirurgião do Austa Hospital.
O médico faz questão de pontuar que o sedentarismo é realidade presente sobretudo nas últimas gerações, no país. “Grande parte das crianças fica mais tempo em casa, sentadas, divertindo-se com jogos eletrônicos e celulares. Brincam menos ao ar livre, em atividades com grande gasto energético”, destaca. “Praticar exercícios e atividades físicas é sempre importante, inclusive para as crianças”, completa.
A obesidade em si já é um grande problema, contudo, a médica endocrinologista Mariana Mendes, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, lembra que o excesso de peso pode causar diversas outras doenças, dentre as quais, ela destaca o diabetes, hipertensão e dislipidemia.
“Alimentação não saudável, sedentarismo e obesidade alteram todo o organismo, causando resistência insuliníca e aumentando os níveis de glicose no sangue. Com isso, além de armazenar ainda mais gordura, a pessoa pode desenvolver o diabetes tipo 2”, alerta Dra. Mariana Mendes.
Já o consumo de alimentos com gordura saturada e sal em excesso pode causar hipertensão, ou seja, o aumento da pressão nos vasos sanguíneos. Esta condição impõe à pessoa risco de ter problemas cardiovasculares, como infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
AVC, infarto e outros problemas cardíacos são mais característicos de adultos e idosos, porém por causa do estilo de vida não saudável essas doenças também estão aparecendo na infância, salienta a endocrinologista. Daí a importância de cuidar da alimentação e apostar na prática de exercício físico regular.
“A obesidade é uma doença que pode e deve ser controlada com hábitos saudáveis. É essencial optar por alimentos ricos em fibras, com baixo índice glicêmico e gordura e regular o consumo de carboidratos. Além disso, ter a rotina da prática de exercício físico, seja qualquer esporte que o paciente optar ou até mesmo caminhada faz a diferença no bem-estar”, afirma a médica do IMC de Rio Preto.
Se a cirurgia bariátrica se apresenta como possível tratamento para os adultos, para as crianças em hipótese alguma deve ser uma alternativa. Segundo Dr. Paulo Bernardo, no Austa Hospital, a cirurgia bariátrica é preconizada somente para adultos. O cirurgião faz questão de ressaltar que, melhor do que operar paciente obeso, é não deixar que ele chegue a este ponto.
E para não permitir isso, o cirurgião e a endocrinologista concordam que deve se atuar fortemente na infância. “Criança acima do peso cria uma ‘memória obesa’ para o resto da vida. Ela tem uma porcentagem de gordura no corpo, que fica guardado como se fosse uma memória no organismo para sempre. Por mais que a pessoa consiga fazer um bom tratamento contra a obesidade quando adulta, se foi obesa durante muito tempo, a chance de sucesso é pequena. O mais indicado, portanto, é tratar durante a infância, encarando como problema de saúde”, conclui Dr. Paulo Bernardo.
Sobre o Austa Hospital
O Austa Hospital, de São José do Rio Preto, é uma das maiores organizações de saúde da região noroeste do estado de São Paulo e referência do setor em assistência humanizada, qualidade e segurança no atendimento e serviços. Integra a holding de serviços de saúde Hospital Care, que também reúne o Austa Medicina Diagnóstica, o Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC e a operadora de saúde Austa Clínicas, formando o Hub São José do Rio Preto.
O Austa Hospital possui profissionais referenciados em suas especialidades e altamente capacitados e dispõe de moderno centro cirúrgico com sete salas para realizar até grandes procedimentos, alta tecnologia em diagnósticos, 40 leitos em UTIs (adulto e pediátrica/neonatal) e mais 100 leitos de hotelaria, com quartos climatizados, ambiente confortável e seguro, tanto para pacientes quanto para acompanhantes.
Destaca-se também pelos Serviços de Exames de Imagens, com equipe multiprofissional altamente especializada e modernos equipamentos nas áreas de hemodinâmica, cardiologia, endovascular, neurorradiologia, endoscopia, tomografia, ressonância magnética e radiodiagnóstico.
Desde 2004, a instituição está comprometida com as seis metas internacionais de segurança do paciente estabelecidas pela Joint Commission International, em parceria com a OMS. Em 2019, conquistou a Acreditação ONA com Excelência – nível 3, que atesta que o Hospital possui excelência em gestão, com foco em segurança e transparência, buscando sempre a melhoria contínua da qualidade assistencial.
Sobre o Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC
O Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de São José do Rio Preto é referência no interior paulista no atendimento e tratamento de pacientes com problemas e doenças cardíacas e vasculares, como também no ensino e pesquisa, sendo formador de centenas de médicos e na condução de estudos nacionais e internacionais ao longo de mais de cinco décadas.
O IMC possui aproximadamente 100 médicos renomados e mais de 400 profissionais de outras áreas da saúde e de apoio. Realiza em torno de 3 mil consultas mensais e 310 mil exames ao ano, em pacientes provenientes de vários estados.
Embora a sigla IMC esteja associada à cardiologia, hoje, o instituto possui outras diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, entre elas: Ortopedia, Cirurgia Geral, Urologia, Nefrologia, Hematologia, Endocrinologia, Cirurgia Plástica e outras.
O IMC possui hospital estruturado com centro cirúrgico, UTI (com 9 leitos) e enfermaria (com 22 leitos) num ambiente moderno e acolhedor, oferecendo ao seu corpo clínico plenas condições de realizarem atendimentos clínicos e cirúrgicos de várias especialidades da medicina, proporcionando aos seus pacientes um cuidado integrado e de excelência.
Sobre a Hospital Care
A Hospital Care é uma holding administradora de serviços da saúde que possui atualmente mais de 45 unidades de negócios. Criada em 2017, é a primeira companhia no Brasil a trabalhar com o modelo de gestão baseado nas ACO´s (Accountable Care Organizations) dos Estados Unidos, organizações responsáveis pelo cuidado e compartilhamento de risco com as operadoras. Este modelo integrado de gestão da saúde tem o objetivo de promover o equilíbrio de interesses entre pacientes, médicos, fontes pagadoras, parceiros e acionistas.
Pertencente à gestora Crescera e aos fundos Santa Maria e Abaporu, a Hospital Care tem como estratégia de atuação a presença em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional, como Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis, Curitiba, São José do Rio Preto, Sorocaba e Cascavel, fortalecendo todo o sistema de saúde do país.