De um lado, um banho coletivo de capivaras com `distanciamento social`, do outro, araras na maior `aglomeração`
Banho coletivo (Foto Pedro Morlim)
Da Redação
Uma imagem que chamou a atenção nas redes sociais nesta semana foi registrada pela secretaria da Cultura e Turismo, Silvia Stipp. Na foto, capiravas se perfilam para um banho coletivo na represa do Parque da Cultura. Entre os comentários, destaque para quem postou que elas respeitavam, naquele momento, o distanciamento social, muito mais do que muitos seres humanos. Na outra foto, do banho coletivo, o autor foi o Sr. Pedro Morlim.
As capivaras são a maior espécie da ordem dos roedores e entre os animais são considerados os mais simpáticos. Curiosidades à parte: elas conseguem ficar debaixo d’água por mais de cinco minutos e são chamadas de “Kapiyva” — mestre das gramas — por uma tribo amazônica; medem entre 100 e 130 centímetros de largura e 50 de altura e costumam pesar algo entre 30 e 80 quilos, dependendo do sexo. Herbívoras, só se alimentam de vegetação, normalmente plantas aquáticas e grama, mas opções como grãos, melões e abóboras também podem fazer parte do menu.
Consideradas animais “crepusculares”, capivaras são mais ativas durante o amanhecer ou anoitecer. Em alguns casos, quando se sentem ameaçadas, passam a ter hábitos mais noturnos: ficam acordadas a noite inteira e dormem durante o dia. A escuridão oferece abrigo e segurança para que possam comer e socializar sem se preocupar tanto com predadores. Chamadas também de “porco d’água”, dormem perto da água, em áreas com vegetação densa para se esconder de predadores.
Araras-Canindé em `aglomeração` na Rua Minas Gerais
As araras, 4 delas, aglomeravam-se energicamente em ninho na Rua Minas Gerais no Bairro São João.
Outro flagrante de vida animal foi realizado na Rua Minas Gerais no Bairro São João, num Centro Religioso que existe por ali. Não deu para saber se aconteceu nessa semana, mas vale o registro. No vídeo que circula pelas redes sociais, 4 delas se reúnem na copa de um coqueiro, já quase sem vida, e com muito barulho e até parecendo que estão numa disputa, enfeitam e impressionam a todos os que puderam ver a cena.
Arara-Canindé
A arara-canindé tem o nome científico de Ara ararauna, que é oriundo da língua tupi ara, designando inúmeras espécies de papagaio. Ela é conhecida como canindé, arara-de-barriga-amarela, ara-arauna e arara-amarela, sendo considerada como um dos mais espertos psitacídeos, por isso, é tomada como animal de estimação.
Não está sob ameaça de extinção, ainda que seja costumeiramente tida como ave de gaiola. Claro que tem locais aonde sua população vem diminuindo e até mesmo haja desaparecido. Há locais em que tem sido feita a sua reintrodução na natureza, obtendo sucesso com o procedimento.
As araras medem aproximadamente 80 cm de comprimento, possuindo uma longa cauda. Vistosa e inconfundível apresentam no dorso uma tonalidade azul ultramarino, e na parte inferior amarelo-dourado a partir da face, rabo e ventre, enquanto que na garganta tem uma linha preta. Os indivíduos ainda jovens possuem o rabo e as asas de cor café-acinzentado, com os olhos meio pardos.