Peixe buscou substitutos para Diego Aguirre, mas admite que permanência pode ser a melhor opção neste momento.
Sem um substituto para Diego Aguirre, o Santos deve manter Marcelo Fernandes como técnico até o fim da temporada. Até esta terça-feira, essa é a opção mais viável para o Peixe na luta contra o rebaixamento do Campeonato Brasileiro, porque o clube entende que há mais motivos para manter o interino do que para arriscar a contratação de outro treinador.
O Santos foi ao mercado assim que Diego Aguirre foi demitido, no dia 15 de setembro, mas até agora não encontrou uma opção que seja de consenso interno nem que poderia chegar imediatamente à Vila Belmiro.
Há, também, outros motivos para a possível permanência de Marcelo Fernandes como técnico na luta contra o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro:
Bom resultado na estreia
Tudo o que o Santos precisa, hoje, no Campeonato Brasileiro é de resultado. E a estreia de Marcelo Fernandes trouxe exatamente isso. Fora de casa, o Peixe conseguiu vencer, de virada, o Bahia por 2 a 1, respirando um pouco mais na luta contra o rebaixamento.
Há, entre torcedores, quem pense que a vitória na Fonte Nova é muito pouco para optar pela permanência de Marcelo Fernandes. O Santos, porém, não pensa assim. O clube entende que houve uma evolução grande dos jogos anteriores para a partida contra o Bahia, mesmo com pouco tempo para o interino trabalhar.
Na visão do Santos, então, Marcelo Fernandes pode apresentar ainda mais resultado se tiver mais tempo, o que acontece exatamente neste momento: o próximo jogo é apenas no dia 1º de outubro, contra o Vasco.
Bom relacionamento
O dia a dia no CT Rei Pelé não era um problema com os últimos treinadores do Santos, mas os jogadores têm um carinho especial com Marcelo Fernandes. Eles veem, no interino, a experiência de um velho conhecido do clube, que tem a confiança de muitos torcedores e consegue blindar mais o elenco.
Em 2015, Marcelo Fernandes foi campeão paulista pelo Santos depois da demissão de Enderson Moreira. À época, o elenco pediu a permanência do treinador na campanha que terminou com o título sobre o Palmeiras.
Desta vez, Marcelo Fernandes tem novamente uma aceitação muito grande com os jogadores. O zagueiro João Basso, um dos líderes do elenco, rasgou elogios ao interino em entrevista recente.
“A confiança é muito importante. Tem confiança agora. O Marcelo (Fernandes) está bem, tem nos ajudado muito com isso. Ele nos passa muita verdade na fala. Você acredita nele. Ele consegue falar com o jogador, tirar da gente aquilo que é de bom, o melhor. A gente sente que o que ele fala é verdadeiro. Você acredita nisso. Isso faz a diferença”, falou Basso.
O Santos acredita que a chegada de um novo técnico pode ser, também, um risco. As ideias podem não se encaixar com os jogadores e atrasar ainda mais a recuperação santista no Campeonato Brasileiro.
Falta de opções
Agora mais disposto a manter Marcelo Fernandes, o Santos buscava um treinador no mercado, mas com muitas dificuldades para ter um nome de consenso interno. Surgiu a possibilidade de tentar a contratação de algum técnico empregado, mas ela foi momentaneamente rechaçada – pelas dificuldades de chegar logo a um acordo e ter o novo comandante à disposição.
Fábio Carille, por exemplo, se encaixa neste perfil. O técnico foi procurado por Alexandre Gallo, coordenador de futebol do Santos, para que o clube soubesse quanto precisaria pagar de multa para tirá-lo do V-Varen Nagasaki, do Japão. O valor chegaria aos R$ 7 milhões.
Desde a resposta de Carille, que estaria disposto a vir para a Vila Belmiro, não houve mais contatos entre o Santos e o técnico. O Peixe decidiu esperar pelo menos até o jogo contra o Vasco.
*Com informações do ge
