Evento “Hevea Day”, realizado pelo Sebrae-SP, IAC e Sindicato Rural de Votuporanga reuniu mais de 150 produtores.
Mais de 150 produtores rurais de 41 cidades do Estado de São Paulo e do Mato Grosso do Sul participaram, nesta quinta-feira (6.nov), do “Hevea Day IAC: Inovação em Fitossanidade e Clones”, encontro promovido pelo Sebrae-SP, Instituto Agronômico (IAC), Divisão de Seringueira e Sistemas Agroflorestais (DSSAF), Sindicato Rural de Votuporanga e Senar-SP. Realizado na sede do IAC no município, o evento colocou em pauta os principais desafios e avanços da heveicultura.
A programação reuniu especialistas de instituições de referência. A dra. Ana Carolina Firmino, da Unesp Dracena, abriu o ciclo de palestras com o tema “Manejo sustentável das principais doenças da seringueira”, destacando práticas integradas que previnem perdas e ampliam a longevidade dos plantios.
Na sequência, o pesquisador Dr. Erivaldo José Scaloppi Júnior, do IAC Votuporanga, apresentou “Clones de seringueira IAC: solução tecnológica”, detalhando os avanços genéticos e o impacto produtivo das novas variedades. A pesquisadora Dra. Lígia Regina Lima Gouvêa, do IAC Campinas, encerrou o bloco técnico e discutiu “Razões pelas quais deve-se evitar o plantio monoclonal de seringueira”, onde alertou para riscos fitossanitários e a importância da diversidade genética.
O grupo ainda participou de uma visita aos experimentos do Programa de Melhoramento Genético da Seringueira do IAC.
Para Valteriano Pimenta, representante do Sindicato Rural e do Senar-SP, o encontro reforça o papel da qualificação no campo. “Nós com o Senar-SP e o Sebrae-SP, agora o IAC, somos grandes parceiros. Esse evento voltado para a seringueira é para reunirmos os produtores e dar a eles conhecimento melhor para a sua produção”, afirmou.
Os avanços tecnológicos, segundo Dr. Erivaldo José Scaloppi Júnior, diretor do IAC Votuporanga, chegam em um momento em que o setor demanda maior competitividade. “Estamos levando hoje para o setor produtivo tecnologia em clones de seringueira. É uma inovação que exige protocolo de avaliação, estudo e tempo de desenvolvimento. Traz acréscimo de produtividade e vigor. Em seringueira, precisamos estar atentos e ter essa noção de tecnologia”, disse o diretor.
Para Roberta Zuculoto, analista de negócios do Sebrae-SP, a articulação institucional amplia o impacto das ações. “A gente tem uma frase do nosso gerente: ninguém faz nada sozinho. Quando nos juntamos com outras entidades que querem fazer como nós queremos, o resultado é incrível. Recebemos produtores de toda a região e até do Mato Grosso do Sul. É sucesso, são produtores que querem aumentar a categoria e trazer coisa boa para o setor. Temos que trabalhar porteira para dentro, com o que o produtor pode fazer em sua propriedade para melhorar a produtividade do seringal”, afirmou Roberta.
O evento foi totalmente subsidiado pelo Sebrae-SP para os produtores rurais e contou com o patrocínio da Bruky Energy Brazil.
