Piloto brasileiro admitiu que teve que correr para se adaptar o mais rapidamente possível ao ser chamado na terça-feira para substituir Romain Grosjean, que sofreu queimaduras nas mãos em forte acidente no GP do Bahrein.
A segunda corrida na Fórmula 1 promete ser mais “calma” que a primeira. Pelo menos é essa a expectativa de Pietro Fittipaldi para o GP de Abu Dhabi, neste domingo (13). O brasileiro admitiu que teve que correr para se adaptar o mais rapidamente possível ao ser chamado na terça-feira para substituir Romain Grosjean, que sofreu queimaduras nas mãos em forte acidente no GP do Bahrein. E agora, inclusive correndo em uma pista na qual já testou com a Haas, pode até pensar em curtir um pouco mais a experiência.
“De certa forma, estou muito mais calmo, mas são várias as coisas que eu tenho de memorizar, vários procedimentos. No final das contas, fomos muito bem nesse sentido, mas é claro que eu estava um pouco tenso com isso antes do primeiro treino livre. Fazia nove meses que eu não pilotava nenhum tipo de carro”, salientou.
“Estou muito mais preparado para essa segunda corrida e vou conseguir curtir um pouco mais esses dias de preparação para a corrida. Semana passada, eu tinha que correr atrás do prejuízo com todas as coisas que eu tinha que aprender. Agora estou me sentindo muito mais preparado e estou animado”, disse o brasileiro, referindo-se aos treinos livres.
E, na primeira sessão, Pietro vai ter como companheiro Mick Schumacher, que fará sua estreia em sessões oficiais da F1 correndo justamente pelo time que o contratou para a próxima temporada.
Perguntado sobre fazer parte deste momento histórico, com os sobrenomes Schumacher e Fittipaldi na mesma equipe, Pietro revelou que não tinha pensado por esse lado. “Não tinha pensado nisso, mas agora que você disse acho muito bacana! É só uma sessão de treinos livres, mas ter um Schumacher na pista é muito legal. Seria fantástico se a gente pudesse correr mesmo na mesma equipe.”
Mas enquanto Schumacher está confirmado ao lado de Nikita Mapezin numa dupla apenas com estreantes da Haas no ano que vem, Fittipaldi está negociando pelo menos com duas equipes da Indy para voltar à categoria. “Num mundo ideal, eu seguiria na Fórmula 1 como piloto de testes e iria correr na Indy. O Guenther [Steiner], chefe da Haas, sabe que minha prioridade é voltar a competir, e a Indy é um campeonato em que me adaptei bem, tendo conseguido alguns top 10 mesmo quando ainda estava machucado [em 2018, quando ele fez algumas corridas na categoria quando ainda se recuperava de graves fraturas nas pernas após acidente em Spa-Francorchamps], e gostaria de voltar. Também estou de olho WEC [Mundial de Endurance, categoria na qual sofreu as fraturas] e a Fórmula E também é interessante.”
Então esse final de semana serve como vitrine para Fittipaldi, que desta vez corre em uma pista na qual testou com a Haas no passado. “O carro é sempre um pouco diferente nos testes, mas pelo menos eu tenho experiência nessa pista com um carro de F1, e isso certamente ajuda.”