Chefe de delegação em Turim e no Mundial do Catar, presidente da CBF tem reforçado que não vai ter interlocutor para tratar de sucessão de Tite e nega informações sobre procura a Mano Menezes.
A notícia do ex-jogador e comentarista Caio Ribeiro de que a CBF conversou com Mano Menezes pegou de surpresa o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Chefe de delegação da Seleção em Turim e na Copa do Catar, o dirigente tem dito constantemente que não vai ter interlocutor para tratar do tema. Assunto, por sinal, que ele se esforça para afastar do dia a dia da Seleção.
Em mais de uma oportunidade, Ednaldo disse à imprensa que “se alguém disser que estou conversando com treinador, que mandei interlocutor conversar, é mentira”.
No mundo ideal, a discussão se inicia quando Tite der ponto final na sua caminhada na Seleção, com o hexacampeonato debaixo do braço na volta do Catar. Como o Mundial acaba nas portas do Natal, Ednaldo tem dito que sua intenção é iniciar a busca pelo sucessor em janeiro apenas.
O que ele tem como definido:
- Ednaldo descarta um técnico tampão, possibilidade que daria mais tempo para a CBF trabalhar com nome mais forte na janela de meio de ano do futebol europeu. Isto porque todos os principais treinadores do futebol do Velho Continente tendem a cumprir contrato até junho.
- Ele quer definir o sucessor a tempo suficiente de iniciar as observações a ponto de começar as Eliminatórias para o Mundial de 2026. Ainda falta a Fifa bater o martelo, mas a CBF espera a confirmação do início da competição para março de 2023, com dois jogos. Em 2024, já será disputada outra Copa América.
Em Turim, Ednaldo tem participado de maneira mais próxima do que o habitual quando se trata de chefe de delegação e de presidente da CBF. Fica próximo às linhas do campo no centro de treinamento da Juventus e em conversas com o coordenador da seleção principal masculina, Juninho Paulista.
Na mesa, para o futuro, estão nomes que fizeram bom trabalho em 2022, mas sem indicação de preferido neste momento. Todos os técnicos concorrentes – e aí entram Dorival Júnior, Fernando Diniz e Mano Menezes – renovaram ou estão por renovar contratos com seus clubes. As negociações, muito provavelmente, envolvem cláusulas de saída facilitadas para o caso de convite da CBF.
Em abril, havia informações das negociações para Andres Sanchez retornar para a CBF. Ednaldo ainda não se manifestou sobre o assunto, mas o que se sabe é que dificilmente Juninho Paulista, atual coordenador da Seleção, segue após o Mundial do Catar.