Donos de bares, lanchonetes e músicos se uniram em uma carreata pelas ruas de Votuporanga/SP, na tarde desta sexta-feira (18), pedindo revisão nos horários de fechamento dos estabelecimentos conforme decreto Estadual e depois reiterado pelo prefeito João Dado no início da semana.
A determinação do governo de SP, integra o decreto 65.357 de 2020, expedido na sexta-feira (11), que prevê lei seca no estado à noite na tentativa de prevenir a propagação da Covid-19.
O decreto chegou a ser derrubado por uma liminar do Tribunal de Justiça do Estado, mas voltou a vigorar após uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
Antes do início da manifestação, ainda de frente a Escola Estadual José Manoel Lobo, no Centro, um dos organizadores Luciano Bazi, contou ao Diário de Votuporanga que, “com o final de ano chegando, as contas também chegam, precisamos pagar 13º salário e outras contas que a pandemia vem trazendo. Ninguém aqui quer ou irá desrespeitar regras ou normas sanitárias. Só queremos trabalhar”.
A carreata se dirigiu até a Câmara Municipal, onde foram recebidos pelo presidente da Casa Legislativa, Mehde Meidão que acompanhou a manifestação até a sede do Executivo.
Com buzinas, sistema de som, palavras de ordem e muitos cartazes os trabalhadores queriam ser recebidos pelo prefeito João Dado e adentraram o prédio da Prefeitura.
O momento de tensão foi aplacado pela presença da Polícia Militar que oportunizou uma reunião fechada entre representantes do movimento e do Executivo.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura respondeu em nota que “ratificou o Decreto Estadual nº 65.357, de 11 de dezembro de 2020. Desta forma, o Município está cumprindo a determinação do Governo do Estado de São Paulo. A Administração Municipal ainda informa que recebeu uma comissão de integrantes de bares, lanchonetes e músicos, momento em que foi explicado, por meio de conversa amistosa, e houve o entendimento de que o Decreto é de competência do Governo do Estado de São Paulo. O Município aguarda novas regulamentações do Estado.”