Dirigente de clube português critica recurso do Peixe contra dívida relativa a João Basso; para ele, plano é só para atrasar ainda mais o pagamento de R$ 15,9 milhões pela contratação.
O recurso que o Santos apresentou ao Tribunal Arbitral do Esporte no caso da dívida pela contratação do zagueiro João Basso revoltou a diretoria do Arouca.
Para o diretor-geral do clube português, Joel Pinho, o recurso do Santos tem o único objetivo de atrasar ainda mais o pagamento da dívida de 2,5 milhões de euros (equivalentes a cerca de R$ 15,9 milhões na cotação atual).
“É inaceitável uma equipe que tem Neymar e contratou o Benjamín Rollheiser por 12 milhões de euros na última janela não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve. Usar o CAS para ganhar tempo é algo que não é de clube sério. É Inacreditável”, disse o dirigente do Arouca ao ge.
“O Santos sabe que tem que pagar. Eles não têm nenhum argumento válido. Só querem ganhar tempo.”
Com o recurso protocolado, o Santos aguarda por um novo julgamento e, de acordo com o departamento jurídico, isso ocorrerá dentro de seis meses a um ano. Assim, não há chance de a Fifa aplicar a sanção agora, impedindo o clube de registrar novos reforços.
Em maio, a Fifa notificou o Santos sobre a obrigação de pagar 2,5 milhões de euros pela contratação de Basso, em julho de 2023, junto ao Arouca. O prazo de 45 dias dado pela entidade terminaria nessa terça-feira.
Dos 2,5 milhões de euros que devia, o Santos só pagou a primeira parcela, de 500 mil euros. Como não recebia novos pagamentos há mais de ano, o clube de Portugal iniciou o processo na Fifa.
No balanço de 2024, a diretoria do Santos anotou uma dívida de R$ 12,5 milhões com o Arouca, equivalentes aos valores que ainda estavam abertos.
Como o Santos ainda tem de pagar 500 mil de euros de juros e multa, a dívida total chegou a 2,5 milhões de euros – quase R$ 16 milhões.
Em crise financeira, o Santos tentou, mas não conseguiu acordo com o Arouca. Segundo o diretor do clube português, a diretoria do Peixe ofereceu parcelamento em 12 vezes: “Depois da decisão da Fifa o Santos tentou fazer um acordo, mas esse acordo em nada defendia os nossos interesses.”
Perguntado se o Arouca não aceitaria o parcelamento, Joel Pinho respondeu: “O Arouca não é nenhum banco. A dívida já tem dois anos. Não faz sentido pagamento parcelado.”
*Com informações do ge