Dia Mundial da Tireoide – 25 de maio 

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Foto: Reprodução

A tireoide é uma glândula que produz hormônios que são essenciais para o funcionamento do organismo em todas as etapas de nossas vidas.


A tireoide é uma glândula de 12 a 20g, localizada no pescoço, anterior à traqueia. É responsável pela produção de hormônios que regulam vários sistemas do nosso corpo, desde o humor, o peso, a frequência cardíaca, a memória, o trânsito intestinal, além de participar da regulação dos ciclos menstruais e na fertilidade.

Quando a tireoide está alterada, ela pode tanto liberar uma quantidade insuficiente de hormônios (Hipotireoidismo) quanto produzi-los em excesso (Hipertireoidismo). Uma terceira condição que também é comum é o nódulo tireoideano.

O hipotireoidismo é a doença mais prevalente da tireoide, sendo que 18 milhões de brasileiros, ou 8,5% da população sofre com ele. O indivíduo pode apresentar diminuição da memória, cansaço excessivo, aumento de peso, ressecamento da pele, queda de cabelos, dores musculares e articulares, sonolência, constipação, aumento dos níveis de colesterol no sangue, depressão, entre outros sintomas. 

Pode ocorrer em qualquer idade. Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo, que pode ser detectado no teste do pezinho que deve ser feito entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê. Já o hipertireoidismo pode causar emagrecimento, palpitação, intestino solto, agitação, insônia, etc. Uma terceira doença também comum seria o nódulo da tireoide. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, porém apenas 5% são malignos. 

Os problemas da tireoide não dependem de idade ou de sexo, podem acometer qualquer perfil de indivíduo, porém alguns grupos apresentam mais suscetibilidade como os idosos, indivíduos com histórico familiar e em mulheres. 

O especialista mais indicado para avaliação dessas doenças é o endocrinologista. Na maioria dos casos, há vários sintomas simultâneos. Há a necessidade de ficar atento à presença de caroços, nódulos ou aumento do volume cervical. 

O diagnóstico é feito através da dosagem no sangue dos hormônios tireoideanos, e quando o médico percebe alguma anormalidade na palpação da glândula tireoide, é necessário solicitar a ultrassonografia da tireoide, e dependendo do resultado, a punção do nódulo tireoideano, que é um exame de baixo custo e risco para o paciente.  

O tratamento do hipotireoidismo é feito pela reposição do hormônio tiroxina que a glândula deixou de fabricar. Deve ser tomado durante toda a vida, e os resultados são muito bons.  

No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia, dependendo da causa e características da doença. E os nódulos, em caso de malignidade, o tratamento é cirúrgico, e dependendo do caso, há a necessidade de complementação com iodo radioativo. 

É importante citar que a demora no diagnóstico e tratamento pode ocasionar complicações, como aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, anemia, aumento do colesterol e raramente o coma.