Com a permanência da massa de ar quente, o clima deve se manter intenso; umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30%.
A Defesa Civil de São Paulo emitiu um novo alerta de altas temperaturas nesta terça-feira (14.nov), válido até quinta (16). Com a permanência da massa de ar quente, o clima deve se manter intenso desde a Região Metropolitana de São Paulo que deve ter máxima de 39°C e com sensação de 40°C. A umidade relativa do ar deve ficar em 30%.
O alerta vale para todo o território paulista, desta forma, nas regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto – que engloba Votuporanga, podem marcar máximas de 42°C e sensação térmica de 44°C, com umidade relativa do ar de 15%.
Vale ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal para o organismo humano fica em torno de 40% e 70%.
Durante o período de calor, é indicado que as pessoas se mantenham hidratadas, evitem exposição ao sol e práticas esportivas durante a tarde, utilizem vaporizadores de ambiente ou toalha umedecida, apliquem soro fisiológico nos olhos e narinas.
Confira a previsão do tempo para os próximos dias em Votuporanga:
- Quarta-feira (15): mínima de 23ºC e máxima de 41ºC, com chuva em até 7mm. URA entre 12% e 66%.
- Quinta-feira (16): mínima de 24ºC e máxima de 42ºC. Não há previsão de chuva. URA entre 10% e 43%.
- Sexta-feira (17): mínima de 25ºC e máxima de 42ºC. URA entre 12% e 37%. Não há previsão de chuva.
- Sábado (18): mínima de 24ºC e máxima de 39ºC, com chuva em até 20mm. URA entre 23% e 64%.
- Domingo (19): mínima de 23ºC e máxima de 31ºC, com chuva em até 30mm. URA entre 42% e 82%.
- Segunda-feira (20): mínima de 24ºC e máxima de 32ºC, com chuva em até 12mm. URA entre 61% e 95%.
- Terça-feira (21): mínima de 21ºC e máxima de 33ºC, com chuva em até 4mm. URA entre 46% e 87%.
- Quarta-feira (22): mínima de 22ºC e máxima de 35ºC, com chuva em até 2mm. URA entre 50% e 72%.
Oitava onda de calor no ano
Prevista para terminar no fim de semana, a atual onda de calor, oitava deste ano, deve ser seguida por outras nas semanas seguintes. Isso porque o Brasil sofre diferentes efeitos do El Niño e enfrenta um ano com vários extremos de temperatura, com recorde mundial em outubro.
Embora especialistas não prevejam ondas como essa em dezembro, o que vem pela frente é mais calor. Numa escala dos próximos meses, o aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.
O evento, formado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, muda a circulação atmosférica e tem agravado seca no Nordeste e ajudado a bloquear a circulação de frentes frias, que estacionam no Sul e aumentam as chuvas na região.
O alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para o calor se mantém até sexta (17). Já segundo a Climatempo, a situação pode durar até o domingo (19) em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste do país, quando a onda perde intensidade e uma frente fria se aproxima, causando chuvas e algum alívio do calor.
Vale lembrar que o calor costuma ser mais intenso logo antes da chegada de uma frente fria, por causa da movimentação de ar quente que precede a chegada do sistema.
De acordo com nota técnica do Cemaden publicada na semana passada, o auge do El Niño deve acontecer entre dezembro deste ano e fevereiro de 2024.
Calor é acentuado por zona de alta pressão
Além dos efeitos do El Niño e de um planeta já mais aquecido pela atividade humana, o calor se deve a uma zona de alta pressão atmosférica que vai do norte da Argentina ao sul da Amazônia e impede a chegada de frentes frias a diferentes regiões do país.
Como a primavera é uma estação de transição, ainda sem o volume de chuvas previsto para o verão, o tempo quente e seco retroalimenta o calor sob o sol com céu limpo.