Cuca não entende VAR em Santos x Palmeiras e lamenta: ‘Uma pena que interpretação venha de cima’

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Cuca durante jogo entre Santos e Palmeiras, pelo Brasileirão Ivan Storti/Santos FC

Novamente incomodado com a arbitragem, o técnico Cuca analisou a derrota do Santos por 2 a 1 para o Palmeiras, neste domingo, no Morumbi, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Palmeiras bate Santos com golaço de Patrick de Paula e emenda 2ª vitória seguida no Brasileirão.

“Primeiro tempo do Palmeiras foi um pouco melhor. Jogo muito disputado no meio-campo, tiveram certa vantagem nesse setor. Tem o lance do pênalti. É interpretativo. Essa interpretação… Temos que entender e ainda não consegui. Não é interpretação de campo ao vivo? Dentro de campo, é lance normal. Acontecem diversos. Está subindo no meio da barreira, não ia para o lado. Não usa-se a mão, usa-se o braço, não tem como. Vi o lance, é interpretativo. Quando VAR chama, risco de pênalti é grande. E aí Palmeiras saiu na frente. Não determinou o resultado até porque buscamos o empate. Mas existe desequilíbrio emocional grande em coisa assim. Jogador jovem se perde um pouco, corrigi no intervalo para não irem falar. Se é dado pelo árbitro com convicção, OK, mas árbitro deixou seguir, VAR interpretou e chamou. Uma pena que interpretação venha de cima. VAR precisa corrigir erro do árbitro e não vejo como erro. Vejo como interpretação”, disse Cuca.

“Fizemos duas trocas, começamos segundo tempo fortes, empatamos e tínhamos equilíbrio e em alguns momentos time mais encorpado. Tivemos erro de saída, Palmeiras foi feliz. Eram sete nossos contra quatro, não distribuímos bem e Patrick fez o gol. Meninos tentaram o empate, se jogaram à frente, até goleiro foi para a área. Falta quase pênalti, cabeceio defendido por Weverton. Buscamos, não podemos negar. De maneira geral, Palmeiras foi um pouco melhor. Palmeiras tem time mais pronto, é óbvio. Time treinado há mais tempo. Vanderlei tem controle do esquema, peças deixam time melhor. Ele sabe usar bem isso. Temos que reconhecer isso e a luta do Santos com cinco ou seis meninos. Nunca acharemos culpados em clássico que poderíamos ter empatado. Desgaste não é desculpa, é realidade. Não treinei ontem porque desgaste seria ainda maior. Guardei o time para competir 90 minutos. É minha segunda semana e agora tenho uma cheia para trabalhar e melhorar. Não estou descontente, não. Tristes com a derrota, mas espírito da meninada prevalece”, completou o técnico.

Cuca ainda explicou o objetivo das mexidas no intervalo: Jobson e Lucas Braga por Diego Pituca e Kaio Jorge.

“Fizemos 4-3-3 com meio-campo forte e os atacantes de lado com força e o Kaio Jorge na frente. No intervalo mudamos para 4-4-2 com Soteldo e Sánchez de meia e Pituca e Jobson. Para ter diagonais com dois extremos. Corrigimos erros defensivos pelo lado e tomamos gol por dentro em erro de saída. Mudamos de novo com centroavante, Marcos Leonardo, abrindo Soteldo e Tailson pra dentro. Tentamos mexer para se sentir gostando do jogo e às vezes não conseguimos. Jogamos contra equipe forte taticamente, que defende bem, com pegada forte e contra-ataque”, analisou.

O Santos terá a primeira semana livre sob o comando de Cuca antes de enfrentar o Flamengo no próximo domingo, na Vila Belmiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Com a derrota no clássico, o Peixe caiu para a 6ª colocação na competição, com 7pontos.