Tricolor chegou a empatar na segunda etapa, com Tapia, mas gol de Memphis Depay abriu o caminho para a vitória do rival; com muitos desfalques, treinador perdeu mais um jogador por problema físico.
Ter um jogador “de hierarquia” fez a diferença para a vitória do Corinthians por 3 a 1 contra o São Paulo, na Neo Química Arena. Essa foi a interpretação do técnico Hernán Crespo, que avaliou que o jogo saiu das mãos do Tricolor após o gol marcado por Memphis Depay, o segundo do rival.
“O primeiro tempo foi equilibrado, talvez eles tenham controlado mais a bola. Não saímos dessa situação. Era para empate. Saiu o pênalti. No segundo tempo mudamos e começamos a controlar. Chegamos ao empate, controlávamos o jogo. Neste momento parecia que o São Paulo estava mais confortável em campo. Depois, teve a hierarquia. O atacante da Holanda, com hierarquia, caneta, gol. E acabou o jogo”, resumiu o treinador.
O treinador lamentou o excesso de lesões durante a preparação. Ao todo, foram 12 desfalques para o jogo, com Oscar, Arboleda, Enzo Díaz, Lucas Moura e Rodriguinho deixando de ser opção para ele durante a Data Fifa. Pelos problemas, Crespo nem tinha jogadores para montar coletivo, o que o obrigou a buscar opções na base.
“Azar, não. Nada é azar. A única coisa que posso falar deste tema é que a gente tinha 13 jogadores de campo para escolher para este jogo. Depois, tive que esperar três, quatro meninos de Cotia, porque eles jogaram domingo e não podiam trabalhar segunda e terça para recuperar. Esperamos o voo de Bobadilla, Ferraresi e Tapia. Tenho que só parabenizar eles que fizeram o melhor.”
“Ninguém gosta de perder clássico, mas é assim. Temos de olhar para a frente. Temos um campeonato à parte com Bragantino e Corinthians para chegar à Libertadores. Falei muitas vezes. Temos de olhar para frente, cabeça alta e continuar”, declarou o treinador, que viu a lista de desfalques aumentar nesta quinta-feira: o zagueiro Rafael Tolói sentiu a coxa e o meio-campista Alisson recebeu o terceiro cartão amarelo.
Estacionado nos 45 pontos, o Tricolor viu o Corinthians colar com a mesma pontuação na tabela. A quatro jogos do fim da competição, o time seguirá lutando por uma vaga na próxima Conmebol Libertadores. Questionado se perder a vaga será uma tragédia, ele recusou o uso deste termo: “Tragédia é outra coisa, gente. Tragédia é outra coisa. Temos de ter muita atenção ao termo. Acho que você poderia encontrar outra palavra, outro sinônimo menos grave. Tragédia é outra coisa. A realidade hoje por tudo o que aconteceu na temporada é essa. Aconteceu uma coisa grave com o Oscar. Já sabemos o que aconteceu com o Lucas. As coisas acontecem todos os dias. Cosias difíceis. Mas somos isto. Quantos somos? 13, 14… Bola para a frente. Vamos todos juntos. A realidade é essa.”
“Não podemos falar de culpados, porque a coisa mais fácil é colocar DM… Se as coisas acontecem como estão acontecendo é porque um culpado tem, todos juntos. Eu fico (para 2026) porque confio. Vamos ver o que acontece o próximo ano. Se as coisas melhoram ou ficam iguais. A realidade é esta. Não quero lembrar que chegamos pensando em não ser rebaixados e agora temos possibilidade, faltando quatro rodadas podendo ir à pré-Libertadores. A realidade é essa. Continuar lutando, brigar. E fazer o melhor possível diante das possibilidades que temos”, afirmou.
Próximo compromisso
O São Paulo volta a campo neste domingo (23), às 16h, na Vila Belmiro, quando recebe o Juventude, pela 35ª rodada do Brasileirão.
*Com informações do ge





