Com auxílio de consultoria, diretoria define metas e diretrizes administrativas e financeiras para as próximas temporadas; negociações com jogadores ficam em segundo plano.
A dois meses do fim de seu mandato, o presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, prepara a passagem de bastão para seu sucessor. A ideia é que, independentemente de quem seja o vencedor das eleições, haja uma transição tranquila e que não gere prejuízos ao clube.
Nesse sentido, a direção do Corinthians desenvolveu ao longo das últimas semanas o planejamento estratégico do clube para os próximos três anos. O documento tem metas financeiras e administrativas até 2026, além de um plano de ações para atingir tais objetivos.
O planejamento estratégico foi desenvolvido com auxílio da Falconi, consultoria contratada por Duilio ainda em seu primeiro ano de mandato.
O documento será entregue ao próximo presidente como forma de orientá-lo nas decisões. Porém, as metas e ações poderão ser revistas por quem for eleito.
O Corinthians também já encaminhou a renovação de contrato com a Falconi até março de 2024. Com isso, o próximo presidente terá pelo menos um período de testes com a companhia, para entender melhor os serviços prestados e avaliar a utilidade deles.
Já na área do futebol, a direção alvinegra está adiando decisões importantes, para que elas sejam tomadas pelo vencedor das eleições, que tem Augusto Melo, da oposição, e André Negão, da situação, como candidatos.
Diversas renovações de contrato estão estacionadas, à espera do próximo presidente. São os casos, por exemplo, de Gil, Giuliano, Renato Augusto, entre outros. A única exceção é o zagueiro Bruno Méndez, com quem o Timão tenta prorrogar o vínculo desde o começo do ano, mas sem sucesso. O uruguaio já pode firmar um pré-contrato com outro clube e sair livre em janeiro.
As contratações para 2024 também estão mantidas em modo de espera. Empresários que se reuniram com a diretoria do Corinthians nos últimos dias ouviram que o clube não vai avançar em nenhuma compra, mas pode discutir empréstimos ou negociações sem custos caso o técnico Mano Menezes aprove.
O próximo presidente assumirá o clube com uma dívida na casa de R$ 900 milhões, além do financiamento da Arena, que tem saldo de mais de R$ 600 milhões.
Se por um lado se preocupa com o alto endividamento, por outro o Timão comemora um faturamento recorde na atual temporada, que deve girar entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão.
A eleição do Corinthians acontecerá em 25 de novembro, no Parque São Jorge. Além do presidente pelos próximos três anos, serão eleitos 200 conselheiros.
Próximo compromisso
Após o empate por 1 a 1 contra o Santos, o Corinthians encara o Athletico, pela 31ª rodada do Brasileirão, nesta quarta-feira (1º), às 19h, novamente na Neo Química Arena.