
Contra o Palmeiras, Timão chegou à nona partida sem tomar gols em 17 jogos com o técnico; André Ramalho exalta feito: “Todo mundo se unindo”
Enfrentando dificuldades no ataque, o Corinthians vem apresentando evolução no sistema defensivo. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Timão chegou a nove partidas sem tomar gols, das 17 disputadas sob o comando de Dorival Júnior.
“O motivo de termos essa solidez defensiva é porque está todo mundo se unindo, todo mundo junto, se atentando aos detalhes, tendo muitas sessões de vídeo, muitas correções, seja por vídeo ou no trabalho em campo. Isso se reflete nos jogos. É mérito da comissão como um todo, que nos auxiliou nisso, e da gente em conjunto, em campo, que vem aplicando isso muito bem”, comentou o zagueiro André Ramalho, um dos destaques do triunfo no Dérbi na Neo Química Arena.
O número de jogos sem ser vazado corresponde a 52,94% do total desde a contratação do novo treinador. No restante da temporada, essas partidas representaram 31,03%.
“No começo do ano, tomamos muitos gols. Isso era um ponto que tinha de melhorar. E está claro que melhoramos. Vamos seguir trabalhando para que a gente consiga seguir sem tomar gols. Não é só a parte defensiva, é o time todo que faz parte desse processo. Se o pessoal lá da frente não pressionar e não se posicionar direito, fica difícil para nós. Eles são os responsáveis por facilitar a nossa vida lá atrás”, destacou o defensor.
Nos únicos dois dias de treinos que o Corinthians teve de preparação para o Dérbi, Dorival promoveu atividades táticas com foco na defesa e nas bolas paradas defensivas.
Em entrevista coletiva, o treinador corintiano exaltou o trabalho de todo o time em campo para o sucesso do sistema defensivo: “A melhora defensiva passa também por uma aplicação maior dos homens de frente. Quando você consegue marcar, pressionar o adversário, você consegue filtrar um pouco mais as jogadas para que o sistema defensivo sofra menos. Temos que buscar o equilíbrio, ainda não é o ideal.”
Esse equilíbrio também passa pela definição da dupla de zaga. Nas 46 partidas disputadas em 2025, o Corinthians teve 11 combinações de zagueiros – a mais comum com André Ramalho e Cacá, em 16 jogos.
Neste ano, a dupla de zaga com André Ramalho e Gustavo Henrique jogou pela terceira vez contra o Palmeiras. Os outros dois jogos foram a derrota por 4 a 0 para o Flamengo e o empate por 0 a 0 com o Cruzeiro, ambos pelo Brasileirão.
“O André é um cara muito experiente, um jogador excelente. A gente se entende muito bem não só dentro de campo, como fora de campo. A gente tem grandes jogadores na posição, que vêm fazendo um grande trabalho. E a disputa é sempre saudável. Lógico que quanto mais se joga com o companheiro, mais a gente consegue se entrosar, para que a gente cada vez menos tome gols”, disse Gustavo Henrique no último dia 23, depois de a dupla voltar a jogar junta.
No ano passado, em que o Corinthians utilizou 15 combinações de zaga, André Ramalho e Gustavo Henrique jogaram juntos em seis partidas, terminando a temporada como dupla titular.
Embora a defesa tenha evoluído, o ataque segue sendo uma preocupação. Nas 17 partidas sob Dorival, o Timão marcou 15 gols – média de 0,88 gol por jogo.
O time só conseguiu fazer mais de um gol em uma partida na vitória por 4 a 2 sobre o Internacional, pela 7ª rodada do Brasileirão, em 3 de maio. Yuri Alberto marcou três naquele duelo.
A baixa produtividade ofensiva, aliás, coincidiu com a ausência do centroavante, que passou dois meses fora devido a uma fratura em uma vértebra da região lombar.
O próximo compromisso do Corinthians será contra o Fortaleza, neste domingo, às 16h, na Neo Química Arena, em jogo válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.
*Com informações do ge