Veja como foi a entrevista do técnico do Tricolor após vitória na Copa Sul-Americana.
O técnico Rogério Ceni revelou que pensou em colocar Reinaldo em campo para cobrar um pênalti aos 36 minutos do segundo tempo, nesta quarta-feira (3.ago), no Morumbi, diante do Ceará, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.
O Tricolor já vencia por 1 a 0, quando o lateral-esquerdo Victor Luis, do Ceará, acertou uma cotovelada em Calleri dentro da área. Reinaldo, cobrador oficial, estava no banco de reservas e não entrou. Calleri fez a cobrança e errou.
“Passou pela cabeça colocar o Reinaldo, só que ele está há 30 dias sem jogar. Como colocaria o primeiro toque, para ele bater um pênalti? Eu me sentiria confortável e não sentir o peso da bola, com essa atmosfera? Foi onde avaliei, pensei e voltei atrás. Dois jogadores poderiam bater: Calleri e Nikão”, afirmou Ceni.
“Calleri era determinado como primeiro, Luciano o segundo. Achei que ele saía pela pancada, ele tinha feito sinal para o Nikão bater. Ele estava denominado como primeiro batedor. Infelizmente a bola não entrou. Temos que dar apoio, ele já resolveu tanto para nós. Isso mostra que é um time, temos que demonstrar que temos chance de recuperar um erro que poderia dar uma vitória mais tranquila”, acrescentou.
Caso o São Paulo convertesse a penalidade poderia ter a chance de levar uma vantagem mais tranquila para o duelo da volta, na próxima quarta-feira, no Castelão.
Apesar de isentar Celleri do erro, Rogério Ceni considera que a vitória por 1 a 0 é perigosa. Na Copa do Brasil, a equipe também abriu a vantagem mínima diante do América-MG, pelas quartas de final do torneio.
“Vantagem é pequena, é uma vantagem. Faz com o que o adversário se exponha. É mínima a vantagem. América virou 3 a 1 em casa esses dias, Ceará estava 1 a 0 e virou 3 a 1. Já imagina como será com o América do Mancini ou o Ceará. E no Brasileiro teremos jogos bem “tranquilos” com Flamengo e Bragantino”, analisou.
Para finalizar, Ceni avaliou o momento do Tricolor. “Não gosto de remontar times no meio da temporada, é raro fazer isso no Brasil. O que ele aprendeu desde o começo, o Galoppo que chega aqui, não vai conseguir aprender no mesmo tempo. O André Anderson está lesionado, mas sentiu dificuldades. Requer tempo e treinamento, é o que menos temos. Fica mais difícil para ajeitar o time em campo. São importantes e ajudam os reforços, por exemplo os zagueiros que precisamos. É difícil chegar, embora seja a posição mais simples. Remontar time não é simples. O ideal é ter um grupo e levá-lo até o fim do ano, mas existe janela de transferências.”
O São Paulo volta a campo neste sábado, às 20h30, para enfrentar o Flamengo, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe já não vence há cinco partidas na competição.