Após sondagens a Xavi e Muricy Ramalho, entidade também não descarta agregar mais um auxiliar à comissão técnica de Tite antes do Mundial de 2022 no Catar.
Já que não consegue enfrentar adversários europeus, a seleção brasileira quer pelo menos conhecê-los melhor. Para isso, a CBF está em busca de um ou dois observadores técnicos que fiquem no Velho Continente e possam fornecer informações mais detalhadas de possíveis adversários na Copa do Mundo.
Atualmente, o técnico Tite e seus auxiliares acompanham os jogos de outras seleções à distância e também utilizam ferramentas de análise de desempenho. Porém, com um analista na Europa, a CBF entende que conseguirá refinar o acompanhamento de outras seleções.
Juninho Paulista, coordenador da seleção brasileira, disse em entrevista recente que já há profissionais na mira, mas nenhum foi contratado até o momento. Os candidatos à vaga não precisam necessariamente viver na Europa no momento.
– É claro que a teoria é diferente da prática. Apesar de hoje nós termos muito mais informação do que antes, assistirmos a muitos jogos, estamos pensando em agregar mais pessoas para ver essas partidas “in loco” e trazer essas informações para a gente. Termos essas informações através de vídeos e imagens, mas também com uma pessoa assistindo presencialmente para trazer informações para a gente. Porém, jogar contra é diferente – comentou Juninho, que já admite que o Brasil pode não enfrentar nenhum rival europeu antes da Copa, por conta da falta de datas no calendário.
Entre 2016 e 2019, o papel de observador internacional era desempenhado por Sylvinho, que era auxiliar de Tite, mas vivia na Europa.
Outros membros do estafe da Seleção costumam viajar do Brasil ao Velho Continente para assistir a jogos, visitar clubes e conversar com jogadores. Porém, com um profissional vivendo no exterior, o acompanhamento de possíveis adversários pode ser melhor desempenhado.
Além destes observadores, a CBF não descarta contratar mais um auxiliar para Tite, que já conta com César Sampaio, Cléber Xavier e Matheus Bachi, que é seu filho.
Em 2021, a entidade que controla a Seleção admitiu ter feito sondagens a Xavi e Muricy Ramalho.
De acordo com Juninho Paulista, não há uma busca por auxiliares no momento, mas a porta está aberta:
– A gente tinha conversado da questão do Xavi, que não aconteceu. Realmente foi uma consulta, se ele aceitasse essa função, ele viria para o Brasil para a gente conversar e depois ver se seria isso mesmo. Teria que ter essa afinidade. Então, tem possibilidade? Tem. Mas tem que agregar. Se a gente perceber que é só para vir, não. Tem que agregar com o que já temos. Se agregar existe a possibilidade. Ou então, estamos muito satisfeitos com a comissão técnica que formamos, que temos hoje.
Antes da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a CBF contou com o apoio de analistas de 19 clubes da Série A para produzir relatórios sobre as outras 31 seleções participantes do Mundial. Tal estratégia pode ser repetida no ano que vem.
– Pode acontecer, sim, é um processo que deu certo. Não me aprofundei ainda nessa questão, do que deu certo na outra Copa que a gente possa planejar de novo. Tenho a pretensão de bater um papo com Edu Gaspar, importante também, papo pessoalmente para conversar o que deu certo, o que poderia ter sido melhor. Acho que isso é bacana. Os pontos positivos que deram certo na outra Copa é importante repetir – declarou Juninho.
Já classificada para a Copa do Mundo, a seleção brasileira volta a campo no fim de janeiro, quando enfrenta o Equador, pelas Eliminatórias – na sequência, em fevereiro, encara o Paraguai.
Os adversários no Catar serão conhecidos em sorteio que será realizado em 1º de abril.
*Informações/ge