Entidade máxima do futebol brasileiro pede ajuda da PF, que entra nas investigações da Operação Penalidade Máxima.
A CBF se manifestou oficialmente na noite desta quarta-feira (10.mai) sobre a Operação Penalidade Máxima, que investiga esquemas de apostas em jogos das Séries A e B do futebol brasileiro. A entidade descartou paralisar os campeonatos que organiza por conta das investigações, que serão conduzidas pela Polícia Federal, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, escreveu Dino, em nota.
Nesta quarta-feira, diversos jogadores mencionados por apostadores em mensagens foram afastados pelos clubes do futebol brasileiro. Além disso, outros sete atletas foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás por envolvimentos em apostas esportivas manipuladas.
A CBF também informou que vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação em casos de apostas esportivas. A entidade também se colocou à disposição para auxiliar na condução dos fatos.
“Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial “, esclareceu o presidente Ednaldo Rodrigues.
Veja a nota completa divulgada pela CBF:
Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.
A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.
Na reunião ocorrida no último dia 7/03, na sede da entidade, com a participação de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.
A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.