Acreditando que ganharia R$ 10 milhões, vítima foi levada ao banco e chegou a transferir R$ 400 mil. Polícia conseguiu prender os suspeitos depois que o gerente do banco estranhou a transação e ligou para a filha da vítima. Golpe foi evitado.
A Polícia Civil de São José do Rio Preto/SP prendeu na tarde de quarta-feira (1°) um casal suspeito de tentar aplicar o golpe do bilhete premiado em uma idosa de 79 anos.
Segundo Ricardo Rodrigues, delegado da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), a vítima foi abordada pelos criminosos quando saía de casa para ir ao supermercado.
O homem fingiu estar passando mal e disse que tinha ganho R$ 10 milhões, mas que não poderia sacar o dinheiro por conta da religião. Em seguida, a mulher se aproximou, disse que era advogada e se colocou à disposição para ajudar.
“Como são estelionatários, eles usam da boa fé e da vontade das pessoas de ajudar o próximo para aplicar golpes. A idosa se condoeu com a história e se prontificou a ajudar. Eles foram ao banco e fizeram duas transferências de R$ 200 mil cada uma”, disse.
Ainda de acordo com Ricardo Rodrigues, o gerente da agência bancária estranhou as transações e ligou para a filha da vítima.
“A filha, imediatamente, nos procurou e conseguimos evitar o golpe. Era uma senhora de idade que, normalmente, fazia pequenas transações bancárias. Naquele dia, ela disse que estaria fazendo um negócio com um imóvel e fez duas transferências”, disse.
Além do casal, uma mulher suspeita de emprestar uma conta bancária para os golpistas depositarem o valor obtido com a idosa foi presa em Guarapari/ES.
“Quando identificamos uma das contas que o dinheiro seria transferido, nós avisamos a polícia de Guarapari. A golpista foi presa dentro de uma agência bancária. A orientação é sempre desconfiar da história que está sendo contada. Não existe almoço de graça”, contou o delegado.
O casal foi levado para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais, teve a prisão preventiva decretada e vai responder por estelionato, furto e associação criminosa. As transferências feitas foram bloqueadas. A Polícia Civil trabalha para tentar identificar mais integrantes da quadrilha.
*Informações/g1