A deputada federal pelo Estado de São Paulo estava foragida da Justiça brasileira e na lista de procurados da Interpol.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29.jul), na Itália. A informação foi confirmada pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça.
A prisão foi feita pela polícia italiana e, segundo a PF, houve intensa colaboração entre as corporações do Brasil e da Itália para efetuar a prisão: “A cooperação internacional foi fundamental, entre a PF e policia italiana pela adidância. Foi presa há instantes e levada para uma delegacia da policia italiana. Agora, tem 48 horas para a autoridade judiciária de lá dar encaminhamento. Se vai soltar, se vai extraditar, se vai ser prisão domiciliar”, disse Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por ter pedido a um hacker a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
A pena estabelecida pela Primeira Turma do STF foi de dez anos de prisão, em regime inicial fechado, no julgamento realizado em maio deste ano. Depois da condenação, Zambelli fugiu para o exterior.
O STF pediu à Itália a extradição dela, para o cumprimento de pena no Brasil. Por isso, a polícia italiana cumpriu sua prisão. Entretanto, a Justiça italiana ainda deve abrir um processo para decidir se determinará a extradição da deputada. Ela possui cidadania italiana.
O deputado italiano Angelo Bonelli disse em sua conta no X que denunciou um endereço em Roma no qual Zambelli estaria hospedada: “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli”, publicou Bonelli na rede X.
Investigação sobre Carla Zambelli
A deputada brasileira Carla Zambelli foi condenada em maio pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 8 meses de prisão, por participação em um esquema para inserir mandados de prisão falsos contra autoridades no sistema do Conselho Nacional de Justiça, com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
Ela também teve o mandato cassado e foi declarada inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, por disseminação de desinformação eleitoral em 2022.