Desfalcada pelo recesso parlamentar, lideranças do governo tiveram que manobrar na Casa para garantir os votos necessários.
A sessão extraordinária convocada para esta quinta-feira (7.jul) para votar um projeto de mais de R$ 10 milhões na Câmara Municipal de Votuporanga/SP, exigiu habilidade política das lideranças do governo na Casa. Isso porque, em período de recesso parlamentar, seis vereadores não compareceram na abertura dos trabalhos.
Antes da votação, uma audiência pública foi realizada no Plenário Octavio Viscardi, com participação dos secretários municipais da saúde, Ivonete Félix e da Educação, Marcelo Batista.
No início da sessão extraordinária, que reserva algumas peculiaridades regimentais, como a não obrigatoriedade de presença, seis parlamentares não ocuparam suas cadeiras, dentre eles: Chandelly Protetor (Podemos), Professor Djalma (Podemos), Jezebel Silva (Podemos), Thiago Gualberto (PSD), Mehde Meidão (União Brasil) e Missionária Edinalva (União Brasil).
Porém, como havia quórum necessário, o presidente da Casa de Leis, Serginho da Farmácia (PSDB), abriu a sessão e colocou a proposta em discussão. Em pauta, além dos recursos para a saúde e educação, dentro dos R$ 10 milhões, há uma reserva de R$ 1,1 milhão para a eliminação dos pontos escuros de Votuporanga, assim como outros R$ 700 mil para o Departamento de Qualidade Urbana e Rural, para a aquisição de massa asfáltica, manutenção da frota e outros materiais destinados à manutenção da Secretaria de Obras.
Dali para frente, começou a correria por parte das lideranças do governo para encontrar os parlamentares e trazê-los à Câmara.
Com a sessão em andamento, o primeiro a discursar foi Cabo Renato Abdala (Patriota) que declarou seu voto contrário, alegando que a tabela anexa ao projeto não estava atualizada e que a Administração Municipal estava “tentando enfiar a aprovação goela abaixo”.
Entre as justificativas, Jura (PSB), vice-líder do governo, rebateu: “É preciso ter responsabilidade, independente de ideologia política. Vereador que vota contra esse projeto está votando contra a saúde e a educação e isso tem que ficar evidente”, disse Jura.
E assim, enquanto outros parlamentares não chegavam para votar favorável e dá a maioria absoluta necessária para aprovação do projeto, a sessão chegou a ser suspensa por alguns minutos.
Neste ínterim, a vereadora Missionária Edinalva chegou ao plenário, inclusive, com roupas de trabalho. E assim, o projeto foi aprovado na Câmara e publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira.